Visando combater as mudanças climáticas, Casa Branca estuda lançar aerossóis na atmosfera

As mudanças climáticas são pauta de reuniões em diversas organizações já há um bom tempo. A preocupação com os rumos que a natureza de maneira geral está tomando deixa as autoridades sempre em alerta, de modo a buscar medidas que possam reduzir os impactos do cotidiano mundial, sem que a questão econômica seja crítica.

Segundo o presidente norte-americano, Joe Biden, o governo pretende adotar algumas medidas para o combate às mudanças climáticas, como um sistema de pulverização de dióxido de enxofre na estratosfera, por meio de aerossóis.

Para alguns cientistas, a medida pode se tratar de uma intervenção na atmosfera de risco, mas, para outros, é vista como uma última tentativa de impedir que o aquecimento global possa avançar, como vem acontecendo ano após ano no mundo todo.

A técnica é conhecida como geoengenharia e tem como objetivo principal refletir de volta ao espaço a radiação solar que atinge a Terra. Assim, problemas com os danos à atmosfera, como o aumento das temperaturas, poderão ser minimizados de maneira significativa.

A dúvida, atualmente, é calcular se os riscos da prática podem superar as recompensas acerca dos benefícios que essa técnica pode trazer para a qualidade de vida da população mundial e, mesmo que em longo prazo, resolver um dos mais prejudiciais problemas do aquecimento global.

Para o professor Daniel Cohan, existem maneiras mais naturais e seguras de combate às mudanças climáticas do que a geoengenharia, porém, não deixou de dizer que aguarda estudos adicionais para que uma conclusão mais clara possa ser alcançada.

Já o professor de Harvard David Keith disse que os esforços em pesquisas são crescentes e completou: “O uso da geoengenharia nunca será ‘necessário’ – é uma escolha difícil sobre a qual as pessoas terão opiniões divergentes”. Disse ainda: “Minha esperança é que o governo dos Estados Unidos apresente um plano de pesquisa transparente e de alta qualidade que possa promover o conhecimento de interesse público”.

A principal desvantagem apontada é sobre a pouca duração dos aerossóis, que precisam ser renovados com frequência. Isso faz com que existam prejuízos que podem ser maiores do que os benefícios, a depender dos resultados finais dos estudos.