Weintraub anuncia que MEC deve suspender aulas por coronavírus

Ministro da Educação apresenta aulas remotas como uma medida emergencial para a pandemia do coronavírus, já o Ministro da Saúde vê problemas na proposta.

O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou um vídeo em sua rede social, na última quarta-feira (11/03), sugerindo aulas a distância como uma das “medidas emergenciais pontuais” por conta da pandemia do novo coronavírus.

Para Weintraub, as instituições de ensino precisam se preparar e ter um plano de aulas “remotas” pronto, já que com a suspensão das aulas será evitado a aglomeração de pessoas. Outra possibilidade é a mudança no calendário de férias.

“Uma cidade ou região que precise ter uma atenção mais especial, para que nós tenhamos prontos plano de aulas remotas, você manda aulas para os alunos, disponibiliza o e-mail, Youtube, Skype, Internet, para você evitar aglomeração, evitar transmissão mais aguda do coronavírus”, argumenta no vídeo.

Ainda na quarta-feira (11/03), o Conselho do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), após a confirmação de caso do novo coronavírus dentre os seus alunos, emitiu um comunicado oficial suspendendo as atividades.

No vídeo, o Ministro da Educação sugere que deve ser pensado um cenário de contingência, “acho que é a melhor a solução”, destacou. De acordo com Weintraub, as escolas e universidades também deve evitar a realização de reuniões, seminários e simpósios.

Posição do Ministério da Saúde

Simultâneo a publicação do vídeo, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, estava em audiência na Câmara dos Deputados, falando a respeito da Covid-19.

Durante o seu discurso, Mandetta não eliminou a possibilidade de suspensão de aulas, mas a analisa como um possível risco para os avós das crianças. Os idosos ou pessoas com doenças como diabetes, doença cardíaca coronária, problemas de coagulação e sinais de sepse são o principal grupo de risco do coronavírus.

Como discutiram os ministros da Saúde e da Educação, ao adotar férias escolares ou suspender as aulas, a maioria das crianças irá ficar com os avós e poderá expor a população mais vulnerável e com maior letalidade.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, argumenta que a possibilidade de mudança no período de férias é uma sugestão, não uma recomendação. Assim, estão estudando todas as alternativas.

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