Amazon, Apple e Microsoft se envolvem em esquema de ouro ilegal do Brasil
Recentemente, grandes marcas da tecnologia, como Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet, foram descobertas em um esquema sério e ilegal.
Recentemente grandes marcas da tecnologia, como Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet, foram descobertas em um esquema sério e ilegal. Acontece que elas estavam utilizando, em seus componentes eletrônicos, ouro extraído ilegalmente de terras indígenas aqui do Brasil.
De acordo com as informações, quem vendia esse material era uma refinadora italiana chamada Chimet, e uma brasileira chamada Marsam. Quem descobriu esse esquema foi o site Repórter Brasil, e divulgou na segunda-feira. Segundo o site, essas compras ilegais teriam acontecido em 2020 e 2021.
As duas refinadoras já são investigadas pela Polícia federal e pelo Ministério Público Federal, tanto que a Chimet já foi apontada por obter garimpos clandestinos na Terra Indígena Kayapó, que fica localizada no Pará.
As entidades possuem certificado para vender ouro legal, mas estavam extraindo ilegalmente em território proibido no País. Há documentos que comprovam a negociação com as empresas citadas acima, documentos estes que servem justamente para evitar esse minério de conflito.
As certificações das refinadoras foram feitas pela The London Bullion Market Association e pela Responsible Minerals Initiative. Estas certificadoras existem justamente para combater a violação dos direitos ambientais e humanos na mineração, mas elas acabam desconsiderando o Brasil como área de risco.
“Tanto a SEC quanto as empresas americanas fecham os olhos para a origem do ouro que chega no País”, disse a diretora do programa de mineração da Earthworks, Payal Sampat.
De acordo com um estudo do Centro de Sensoriamento Remoto e Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais, cerca de 30% do ouro extraído no país é ilegal, isso porque aqui não há mecanismos confiáveis de verificação.
Algumas das empresas envolvidas se pronunciaram sobre o caso. A Apple, por exemplo, disse que contém políticas rígidas sobre minerais ilegais e que já removeram 150 fundições e refinarias que não se adequaram as normas.
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