Adolescente canadense é acusado de vandalizar antigo templo japonês do século 8
De acordo com informações locais, o jovem teria escrito o próprio nome em um pilar de madeira que sustenta o teto do templo histórico.
Um adolescente canadense de 17 anos foi levado para interrogatório no Japão após ser acusado de vandalizar um templo budista de 1.200 anos, listado como Patrimônio Mundial da UNESCO.
O incidente ocorreu na sexta-feira no templo Toshodaiji Kondo, localizado na cidade histórica de Nara, antiga capital do Japão, ao sul de Kyoto.
Um visitante japonês flagrou o estrangeiro gravando o nome “Julian” com a unha em um pilar de madeira que sustentava o telhado do templo, construído em 759 DC. A gravação desonesta foi feita a mais de 1,5 metro do chão, segundo informações da Polícia da Prefeitura de Nara.
Violações em locais históricos
O turista que presenciou o adolescente desfigurando o marco histórico o repreendeu e, em seguida, alertou os funcionários do templo. A equipe do Toshodaiji entrou em contato com a polícia, e o jovem foi levado para interrogatório no dia seguinte.
O adolescente admitiu seu ato, afirmando que não teve a intenção de prejudicar a cultura japonesa, informou a polícia. Atualmente, ele está com seus pais, que estavam presentes durante o incidente.
(Imagem: Nara Prefectural Police/divulgação)
O jovem de 17 anos está sendo investigado por suspeita de violação da Lei de Proteção de Bens Culturais. O pilar desfigurado faz parte do “Golden Hall” do templo, que foi designado como tesouro nacional em 1951.
Um monge do templo Toshodaiji expressou preocupação de que atos semelhantes possam se repetir. Mesmo que tenha sido feito sem maldade, o incidente é lamentável e triste.
O templo Toshodaiji, fundado no século VIII pelo monge chinês Jianzhen, é um dos oito locais que compõem os Monumentos Históricos da Antiga Nara, listados pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 1998.
Esse recente caso de vandalismo no Japão ocorre apenas algumas semanas após um turista do Reino Unido, Ivan Dimitrov, de 27 anos, supostamente ter gravado o nome dele e de sua noiva em uma parede do Coliseu, um anfiteatro com 2.000 anos de idade localizado em Roma que é considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Após ser identificado pela polícia italiana, Dimitrov escreveu uma carta de desculpas, admitindo sua falta de conhecimento sobre a antiguidade e importância do monumento e expressando profundo constrangimento.
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