Arte bizantina

A arte bizantina é uma arte cristã que se disseminou a partir da capital do Império Romano do Oriente, a cidade de Constantinopla. Ela surge no período em que o cristianismo se torna reconhecido enquanto uma religião.

Sua aceitação a partir do reinado de Constantino e a oficialização por Teodósio, fizeram com que a religião passasse a exercer uma função didática, difundindo a fé e demonstrando o poder do Imperador, cumpridor de uma função sagrada.

Com isso, a arte bizantina incorporou, inicialmente, traços oriundos das regiões orientais e viveu seu auge durante o reinado de Justiniano (526-565 d.C.) – A Idade de Ouro do Império.

Arte paleocristã e arte bizantina

A arte paleocristã era, essencialmente, pinturas feitas nos sepulcros e nas catacumbas produzidas ou patrocinadas por cristãos.

Ela vigorou do início do século II ao final do século V. Assim, aproximadamente, a partir do século V, a arte cristã apresenta o estilo artístico bizantino.

A arte bizantina surge após a aprovação do cristianismo. Assim, ela evidencia a riqueza de uma arte que tem como objetivo, além de ser vista e divulgada, introduzir o cristianismo na vida dos devotos.

Com isso, é correto considerá-la como o primeiro estilo artístico cristão.

Características e manifestações da arte bizantina

As características da arte bizantina possuem um caráter essencialmente religioso. Vejamos algumas delas:

• O Imperador era uma figura sagrada – representante de Deus na terra;
• Demonstração da autoridade do Imperador;
• Existem mosaicos em que o Imperador e sua esposa se encontram entre Jesus e Maria;
• Os artistas não possuíam liberdade de expressão;
• Obras que demonstravam riqueza e poder;
• Relação direta com o catolicismo;
• As figuras eram produzidas em posição rígida e frontal.

Diversos artistas de Constantinopla se mudaram para a capital do Império Romano do Ocidente, Roma.

Arquitetura bizantina

A arquitetura bizantina é uma arte que se destaca, pois foram construídas grandiosas basílicas revestidas de ouro e decoradas com mosaicos.

A construção das igrejas foi uma forma encontrada de reunir os fiéis em um local específico para rezar.

As construções arquitetônicas provenientes da arte bizantina, são:

• Basílica da Natividade – Palestina
• Igreja de Santa Sofia – Istambul
• As Basílicas de Santo Apolinário e São Vital – Itália

Pintura bizantina

A pintura bizantina ganha destaque nas igrejas. Nesse período criou-se o “ícone”, que significa imagem. Assim, elas representavam personalidades religiosas como Cristo, Maria e os santos. Os ícones poderiam ser encontrados em oratórios, fixados em ambientes familiares.

A têmpera foi uma técnica de pintura muito utilizada pelos pintores. Ela consistia em produzir os pigmentos junto a uma goma orgânica — gema de ovo, por exemplo — com o objetivo de firmar as cores no local em que seria feita a pintura.

Iconoclastia e arte bizantina

A iconoclastia foi um movimento político-religioso contrário à adoração de imagens religiosas que ocorreu no início do século VIII até o século IX, no Império Bizantino.

De acordo com os iconoclastas, imagens com figuras humanas não poderiam ser cultuadas, pois a veneração deveria ser feita apenas a Deus.

Segundo o monoteísmo, o culto aos santos se inseria na idolatria, um pecado. Visando acabar com tal pecado, o Imperador ordenou a destruição das obras que possuíam essas características e proibiu a reprodução de novas.

Mosaico bizantino

O mosaico bizantino simboliza a principal expressão dessa arte, recebendo máximo destaque no período. Reproduziam, entre outras coisas, os profetas e o Imperador.

Apresentavam cores fortes e materiais nobres que pudessem refletir luz, atribuindo exuberância aos templos.

Eram produzidos a partir de pequenos pedaços de pedras com cores variadas, inseridos sobre um cimento fresco localizado em uma parede.

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