Brasil é lar do maior pássaro do mundo; conheça a ave

Rico bioma amazônico abriga o maior pássaro do mundo. Conheça características e mitologias que o envolvem.

No Brasil, o bioma amazônico, presente em 8 países, sendo o Brasil o de sua maior extensão territorial, pode abrigar centenas de espécies animais diferentes.

Isso inclui, por exemplo, invertebrados, como insetos, aranhas e outros artrópodes, que vivem em suas folhas, cascas e galhos.

Além desses, muitos pequenos vertebrados, como pássaros, morcegos e pequenos mamíferos, podem usar árvores daquele bioma como fonte de alimento, abrigo e local de reprodução.

Bioma amazônico abriga grandes aves, incluindo as maiores do mundo

Na Amazônia brasileira, encontra-se uma das aves mais imponentes e majestosas do planeta: a harpia, com nome científico Harpia harpyja, também conhecida popularmente como gavião-real.

Com uma envergadura que pode ultrapassar os dois metros e uma altura de até um metro, a harpia é considerada a maior águia do mundo e uma das maiores aves de rapina que existem.

Sua aparência imponente é caracterizada por penas escuras, uma crista distintiva e garras enormes, capazes de exercer uma força absurda sobre o que tocam.

E não poderia ser diferente, afinal, ela é uma caçadora ágil e eficiente, adaptada para se alimentar principalmente de mamíferos de médio porte, como macacos e preguiças, além de aves grandes e répteis.

Seu habitat preferido são as florestas tropicais, onde podem encontrar presas abundantes e locais adequados para construir seus ninhos em árvores altas e espessas.

Portanto, além da Amazônia, ela ainda pode, mesmo que raramente, uma vez que está em risco de extinção, ser encontrada em outros biomas, como no Pantanal e no Cerrado.

Origens mitológicas: o maior pássaro do mundo

Harpia, o maior pássaro do mundo, é capturada por biólogos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) nas florestas brasileiras – Imagem: João/oeco.org.br

A mitologia é um tipo de conhecimento tal como o senso comum e a própria ciência. Isso ocorre porque, quando não havia técnicas, recursos, dados e tecnologias suficientes, o mito era o que explicava os fenômenos do mundo.

Em vista disso, o nome ‘harpia‘ tem raízes na mitologia grega. Descritas como seres híbridos, elas possuem seios de mulher e rostos humanos, mas seus corpos são de pássaros, completos com garras afiadas e grandes asas que lhes conferem uma aparência majestosa e ameaçadora.

Na mitologia grega, as harpias eram consideradas seres ferozes e cruéis, conhecidas por atacar e devorar humanos.

Elas eram frequentemente retratadas como agentes do castigo divino, enviadas pelos deuses para punir aqueles que haviam transgredido suas leis ou ofendido sua honra.

Além de sua natureza predatória, as harpias também eram associadas a tempestades e ventos violentos, sendo frequentemente descritas como mensageiras das tormentas que assolavam o mar.

Embora as harpias não façam parte diretamente da mitologia indígena, algumas tribos da região amazônica têm suas próprias histórias e mitos envolvendo aves e seres celestiais que compartilham algumas semelhanças com as harpias.

Por exemplo, entre os povos indígenas da Amazônia, existem lendas sobre pássaros gigantes e poderosos que habitam as florestas profundas.

Essas criaturas muitas vezes são retratadas como guardiãs dos segredos da floresta e dos mistérios da vida selvagem.

Elas podem ser vistas como protetoras dos animais e das plantas, ou como mensageiras dos deuses, alertando os humanos sobre perigos iminentes ou orientando-os em suas jornadas.

Em algumas culturas indígenas, como a dos povos Yanomami, por exemplo, existem histórias sobre aves míticas conhecidas como ‘makunaímas’, que são descritas como pássaros mágicos que habitam os céus e possuem poderes extraordinários.

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