Compulsão alimentar ou comer emocional? Saiba as diferenças

Entenda as diferenças, causas e estratégias para um equilíbrio saudável na relação com a alimentação.

Em um mundo cada vez mais acelerado e cheio de pressões, a relação entre emoções e alimentação se torna uma via de mão dupla: às vezes, um refúgio; outras, um campo de batalha.

A compulsão alimentar e o comer emocional são fenômenos cada vez mais presentes, afetando não apenas a saúde física, mas também a emocional de muitos indivíduos.

Compulsão alimentar

A compulsão alimentar é caracterizada por episódios de ingestão descontrolada de alimentos, frequentemente associados a sentimentos de culpa e vergonha. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5% da população brasileira sofre com esse transtorno. As causas são multifacetadas, envolvendo aspectos psicológicos, genéticos e sociais.

Especialistas apontam que a compulsão vai além de uma questão física. Ela é um reflexo de emoções intensas, onde a comida se torna uma fonte de conforto temporário, mas também de frustração pelo descontrole. Portanto, é essencial abordar esse transtorno com uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos, nutricionistas e, em alguns casos, psiquiatras.

Comer Emocional

O comer emocional, por outro lado, é o ato de comer motivado por sentimentos e emoções, e não por fome física. Uma pesquisa da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) revelou que 7 em cada 10 brasileiros já experimentaram a fome emocional. Comer por estresse, ansiedade ou até em celebrações são exemplos clássicos.

Esse comportamento é normal e faz parte de nossa relação com a comida, mas quando se torna um hábito recorrente e descontrolado, pode levar a problemas como ganho de peso e transtornos alimentares mais graves.

Imagem: Reprodução

Estratégias de enfrentamento

  • Alimentação saudável: Optar por alimentos naturais e minimamente processados é fundamental. Incluir ingredientes ricos em fibras, como aveia e chia, contribui para a sensação de saciedade.
  • Consciência alimentar: Estar atento à quantidade e qualidade do que se come, evitando distrações como o uso de celulares durante as refeições.
  • Rotina estruturada: Manter horários regulares para as refeições ajuda a evitar o comer por impulso.
  • Atenção plena: Técnicas de mindfulness podem ser valiosas para se concentrar no momento da alimentação, promovendo uma relação mais saudável com a comida.
  • Apoio profissional: Buscar ajuda de especialistas quando sentir que a alimentação emocional está afetando negativamente a sua vida.
  • Atividade física: Exercícios físicos regulares auxiliam na regulação emocional e podem diminuir a necessidade de comer por razões emocionais.

Entender a compulsão alimentar e o comer emocional é o primeiro passo para lidar com esses desafios. Com estratégias adequadas e, se necessário, apoio profissional, é possível alcançar um equilíbrio saudável na relação com a comida e, por extensão, com nossas emoções.

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