Criador do Disney+ diz que a TV aberta está com dias contados; entenda por quê
Bob Iger, criador do Disney+, acredita que nem todo o serviço de streaming irá durar.
Bob Iger, o antigo CEO da Disney que também foi o criador do serviço de streaming chamado Disney+, acha que nem todo o serviço de streaming irá sobreviver na alta competitividade deste mercado, contudo ele afirmou que quem sairá perdendo nesta guerra será a própria TV tradicional. Veja o porquê.
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Ele ofereceu os seus comentários também em uma conferência chamada Vox Media Code. Iger também abordou – em uma palestra que acabou dando muito o que falar – algumas mudanças pelas quais o cinema possivelmente estará passando durante os próximos anos.
Streamings que se mantêm firmes
Após realizar uma análise dos serviços que estão sendo oferecidos hoje em dia, ele avaliou que a Netflix tem a tendência de se manter forte, mesmo tendo enfrentado recentemente alguns problemas envolvendo a perda de assinantes.
“Acredito que a Netflix continuará a prosperar. Eles têm alguns problemas agora, mas o serviço não vai embora”, disse ele, que também deu um leve reforço sobre a sua crença quanto ao sucesso da Disney+, especialmente por causa da força comercial que as franquias reúnem.
Comparado aos outros competidores, Iger disse que está surpreso com a velocidade em que a Apple TV+ e a Amazon Prime Video estão crescendo. Mesmo assim, ele admitiu que as duas empresas já tinham recursos e tecnologias para poder garantir esse avanço. Além do mais, segundo o antigo presidente da Disney, estes streamings: “Não são os negócios primários deles e são medidos, provavelmente, por padrões diferentes em termos de resultados, e servem a outros propósitos nessas empresas.”
E ele continuou: “Eles vão aguentar. Eles vão continuar a crescer e vão crescer bem. Eles têm bolsos fundos. Eles têm ótimo acesso aos consumidores. Eles têm plataformas tecnológicas fortes. Eles provaram que sabem fazer isso. Então eles ficam.”
Alguns serviços estão na berlinda
Quem aparentemente corre um certo risco são os serviços com menor números de assinantes, como é o caso da HBO Max, Paramount+ e a Peacock. O último ainda sequer chegou ao Brasil. Iger também foi bastante educado por não mencionar nenhuma das empresas, ou seja, não informou os seus nomes diretamente, mas deixou bem claro: “Eu não acho que todos eles vão conseguir.”
Mesmo com tudo isso, o futuro dos streamings de vídeo é mais promissor que o da TV.
“A TV linear e a satélite estão marchando em direção a um grande precipício e serão empurradas”, disse Iger. Vale lembrar que o canal americano ABC passou por sua supervisão durante um bom tempo. Agora ele prevê um mundo doloroso para as transmissões convencionais. “Não posso dizer quando, mas ela vai embora.”
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