Entenda como os piolhos ajudaram cientista a compreender a evolução humana

Essa espécie de mais de 2 mil anos revelou como a humanidade evoluiu ao longo dos anos.

Falar em piolho, além do fato de parecer que uma coceira na cabeça surge instantaneamente e que a maioria das pessoas o teve desde crianças, é falar da própria história da humanidade. Isso porque, embora algumas pessoas não saibam, esse parasita evoluiu ao lado de nossa espécie. Por isso, veja mais neste artigo como os piolhos de 2 mil anos ajudaram cientistas a compreender a evolução da humanidade.

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Entenda de que forma os piolhos revelam como a humanidade evoluiu

Pensa-se que os primeiros esqueletos humanos surgiram entre os povos africanos há cerca de 170 mil anos, e que foram transportados para o Novo Mundo na América do Sul quando deixaram a África. Assim que as pessoas começaram a usar roupas, os piolhos de cabeça migraram para esse novo habitat, deixando as lêndeas nas roupas, evoluíram e deram origem a um novo parasita: o piolho de corpo, também conhecido como muquirana.

Com um diâmetro de 2 a 3 milímetros, do tamanho de um gergelim, seis patas, e uma cor que vai do marrom ao branco-acinzentado, o piolho adulto do couro cabeludo se alimenta do sangue de seu hospedeiro instalando-se no folículo piloso na base do cabelo, onde também põe seus ovos. Ele é conhecido por ser rápido de reproduzir e fácil de transmitir.

A evolução da humanidade “contada” pelos piolhos

Pesquisadores de uma Universidade na Inglaterra, descobriram que a amostra de DNA humano, recuperada das glândulas dos órgãos reprodutores de piolhos femininos usados para prender os ovos, pode revelar mais sobre a história da civilização humana.

Essas amostras foram coletadas do couro cabeludo dos restos mortais de antigos sul-americanos com idades entre 1.500 e 2 mil anos, e as análises revelaram detalhes sobre a saúde, demografia e vida de alguns dos antepassados que sofreram com uma infestação desse parasita.

O “cimento” dos piolhos permitiu a determinação do sexo de cada hospedeiro, bem como conexões com outros povos antigos, como os amazônicos que vivem há dois milhões de anos. No caso dos povos que foram do Brasil para a Argentina, os pesquisadores determinaram que a exposição a uma temperatura muito fria foi a provável causa de sua morte com base na distância entre os piolhos do couro cabeludo.

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