Estudo aponta que os efeitos do hábito de fumar podem acompanhar até 3 gerações
Veja como o hábito de fumar pode ser nocivo para diferentes gerações.
O cigarro tem o potencial de causar diversos prejuízos à saúde de quem fuma, assim como para quem é exposto à fumaça. No entanto, um estudo publicado no início deste ano revelou que os efeitos do hábito de fumar podem afetar até 3 gerações. Continue lendo e entenda melhor os detalhes.
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Consequências negativas do cigarro
Um dos principais prejuízos da exposição ao cigarro é o surgimento de doenças como o câncer. Isso porque o pulmão é o órgão mais afetado, embora possa surgir em outras partes do corpo. Além disso, o cigarro também contribui para o surgimento de problemas como doenças coronarianas, úlceras e infecções nas vias respiratórias.
No Brasil, graças às políticas públicas para cessação do tabagismo, o percentual de brasileiros fumantes caiu de 34,8% em 1989 para 12,6% em 2019, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). No entanto, o hábito de fumar ainda é um vício relativamente comum e que pode desencadear desfechos graves.
Efeitos do hábito de fumar podem acometer até 3 gerações
Um estudo identificou pela primeira vez que bisnetas de homens que começaram a ser fumantes no período anterior à puberdade (com 11 anos ou menos) possuem maior probabilidade de terem excesso de gordura corporal na adolescência, segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) e a circunferência da cintura.
Os cientistas observaram que as netas de homens que começaram a fumar com idade menor do que 13 anos apresentaram excesso de gordura entre os 17 e 24 anos. Em relação aos netos desses homens, não foi encontrada essa associação.
Apesar de ser um trabalho com limitações, esse achado reforça o papel da herança genética no desenvolvimento de problemas de saúde, assim como o estilo de vida atual do indivíduo também pode favorecer ou prevenir doenças. Sendo assim, os hábitos dos seus antepassados também exercem influência no seu estado de saúde.
Novos estudos
Essa descoberta pode indicar que a exposição ao tabaco (ou até mesmo à fumaça) pode ter consequências que atravessam gerações. Todavia, os autores ressaltam que são necessários mais estudos, a fim de reunir mais dados para entender melhor quais são os efeitos transgeracionais do hábito de fumar.
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