62% das mulheres enfrentam tocofobia, de acordo com pesquisa recente
De acordo com esse estudo, esse medo foi muito presente na pandemia da Covid-19, mas permanece após o fim do período pandêmico.
Um estudo recente feito nos Estados Unidos mostra que seis a cada dez mulheres sofrem de tocofobia. Essa é uma condição muito comum entre mulheres, embora o termo não seja tão conhecido assim.
Essa fobia pode complicar muito a vida das mulheres ao redor do mundo e pode demandar necessidade de auxílio psicológico, entenda mais sobre ela.
O que é tocofobia?
Talvez você não conheça este termo, mas é muito provável que você conheça uma mulher que sofre de tocofobia. Trata-se da condição de medo e pânico de engravidar e dar à luz que pode desencadear em severas crises de ansiedade e no desenvolvimento da síndrome do pânico. Como consequência, essas mulheres têm menos vontade de ter um filho.
Ademais, podemos destacar essa fobia em dois tipos e que vão representar dois estágios. Em primeiro lugar, temos as mulheres que nunca tiveram uma experiência de gravidez. De modo que o medo se relaciona principalmente pelo desconhecimento do processo. Por outro lado, temos as que desenvolveram o medo após uma experiência de gravidez.
Geralmente, o segundo tipo acontece em mulheres que experimentaram algum tipo de violência obstétrica ou tiveram uma gravidez indesejada, ou complicada. Também pode ser comum em mulheres que sofreram algum aborto espontâneo, de modo que o medo se relaciona também com a possibilidade de perder outro bebê.
A tocofobia durante a pandemia da Covid-19
Um estudo feito nos Estados Unidos e que saiu na revista Evolution, Medicine and Public Health, explorou esse medo em mulheres estadunidenses.
Para isso, foram entrevistadas mais de 1.800 mulheres que tinham em média 31 anos. Entre as entrevistadas estavam tanto as que tiveram a experiência de gravidez quanto as que não tiveram. Como resultado, foi possível constatar que seis entre dez mulheres, ou 62%, têm tocofobia.
Através dos resultados foi possível identificar que a pandemia da Covid-19 exerceu um papel importante no desenvolvimento desse medo. Afinal, nesse período não seria permitido acompanhantes no momento do parto e tinha o perigo de contaminar o bebê em seus primeiros momentos de vida.
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