Foguete da SpaceX cria ‘redemoinho’ no céu do ártico em caminho de volta à Terra

A nuvem vista, com formato semelhante a uma galáxia, foi formada pelo despejo de combustível congelado que estava dentro do objeto.

Alguns dias atrás, mais especificamente na madrugada do dia 5 de março, uma espécie de “redemoinho” foi visto no céu do ártico e registrado por pesquisadores que estavam de plantão.

Posteriormente, foi descoberto que o sinal celeste teve como origem um foguete da SpaceX que retornava do espaço depois de uma missão. Aqueles que viram o sinal criado pelo foguete o descrevem como uma “espiral de luz branca” de formato semelhante ao de uma galáxia.

O responsável pela “pintura no ar” foi o foguete Falcon 9, lançado no último dia 4 de março da Base da Força Espacial Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, com a missão de posicionar 53 satélites comerciais na órbita da Terra.

A anatomia do fenômeno

Depois de analisar a espiral vista nos céus do ártico e cruzar com informações repassadas pela SpaceX, os cientistas chegaram a uma conclusão sobre o que aconteceu naquele dia.

Depois de implantar os satélites que carregava, o foguete Falcon 9 começou a sua trajetória de volta à Terra apenas algumas horas depois do seu lançamento.

Nessa reentrada, o segundo estágio do foguete começou a cair rapidamente na região do Mar de Barents, que banha boa parte do ártico. Essa queda brusca fez o objeto empreender movimentos circulares.

Em paralelo, o resto de combustível ainda presente no foguete foi despejado enquanto a segunda seção do Falcon 9 caía, criando a tal espiral vista na madrugada do dia 5 de março.

Ainda segundo os especialistas, as cores vibrantes e luminosas vistas nos céus são oriundas do congelamento instantâneo do combustível do foguete, que sofreu solidificação e vaporização ao mesmo tempo, refletindo raios de luz solar no céu noturno.

A foto mais impressionante do fenômeno artificial foi tirada pelo fotógrafo Shang Yang, que é especializado em auroras boreais, com base na cidade de Akureyri, na Islândia, perto das 1h da manhã no horário local.

(Imagem: Shang Yang/reprodução)

Além disso, o serviço de transmissão ao vivo da aurora boreal que funciona na Islândia também captou o fenômeno. A “espiral da SpaceX” foi vista ainda em países como Noruega e Finlândia, além da Groenlândia.

* Com informações do Live Science

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