George Washington
Considerado o Pai da Nação, George Washington foi o primeiro presidente eleito dos Estados Unidos. Após dois mandatos seguidos, foi sucedido por John Adams.
George Washington foi o primeiro presidente dos Estados Unidos e um dos pais fundadores do país. Comandante ex-chefe do Exército Continental durante a Guerra da Independência dos EUA, colaborou na elaboração da Constituição americana.
Washington foi eleito presidente unanimemente pelos eleitores em 1788 e permaneceu no cargo durante oito anos. Devido a seu governo forte e rico economicamente, sua neutralidade frente às guerras na Europa, fazendo cessar as revoltas, foi considerado Pai da Nação ainda em vida.
Biografia George Washington
George Washington, considerado um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos, nasceu no dia 30 de abril de 1789, na Colônia da Virgínia. Filho de família abastada, perdeu o pai ainda na infância e foi viver com o meio-irmão, Lawrence, na Fazenda Mount Vernon. Lá, aprendeu a fazer o levantamento topográfico do terreno e a administrar uma fazenda.
Aos 16 anos, George ingressou em um grupo enviado para medir terras desconhecidas na fronteira da Virgínia. Um ano depois, passou a trabalhar na administração do condado de Culpeper. Após a morte de seu irmão, tornou-se o dono único de Mount Vernon, um dos mais ricos fazendeiros da Virgínia e proprietário de inúmeros escravos.
Pela forte ligação com William Fairfax, foi ingressado por ele na carreira de batedor e soldado. Em 1754, Washington lutou nas guerras dos colonos ingleses contra os franceses e contra os índios. Na Guerra Franco-Indígena, ascendeu rapidamente a oficial superior. Após a travessia do rio Delaware, derrotou os britânicos, reconquistou Nova Jérsia e restaurou o patriotismo americano.
Pouco tempo depois, já era comandante de todas as tropas da Virgínia. Além disso, atuou também como deputado na assembleia de representantes do estado. Insatisfeito com as fraquezas dos Artigos da Confederação, Washington presidiu à Convenção Constitucional que instituiu a Constituição americana.
Em 1789, foi eleito presidente dos Estados Unidos, o qual permaneceu por dois mandatos seguidos. Como presidente, uniu a oposição, criou programas para pagamentos de dívidas internas, criou um eficiente sistema de taxas e fundou um banco nacional.
Em face às guerras da Europa, proclamou a neutralidade dos Estados Unidos, evitou a guerra com a Grã-Bretanha e garantiu uma década de paz e comércio lucrativo com base no Tratado de Londres. Em seu discurso de despedida, fez um apelo ao civismo e criticou o partidarismo.
Retirou-se da vida pública e ingressou como tenente-general na chefia do comando do Exército, no qual ficou até sua morte. Faleceu em sua fazenda no dia 14 de dezembro de 1799. Em seu testamento, incluiu a libertação de todos os seus escravos.
George Washington foi elogiado por Henry-Lee como “primeiro na guerra, primeiro na paz e primeiro nos corações dos seus compatriotas”.
Formação e carreira militar
Ainda em sua juventude, participou ativamente como soldado na guerra contra os franceses e indígenas. Em 1753, foi o responsável por levar um ultimato aos franceses que haviam ultrapassado os limites do Ohio.
A intimação foi rejeitada e Washington assumiu o posto de tenente-coronel, comandando o total de 150 homens. Nesse período, servia no Primeiro Regimento de Virgínia enquanto insistia na expulsão dos franceses de Ohio. Em 1754, eclodiu nos Estados Unidos a Guerra Franco-Indígena.
Nesse mesmo ano, estabeleceu um forte na cidade de Pittsburgh e travou guerra contra os franceses, que durou até o ano de 1759. No primeiro ataque liderado pelos franceses, Washington surpreendeu a todos e derrotou as tropas inimigas.
Na próxima batalha, os franceses saíram vitoriosos, mas a derrota não abalou George. Após recrutar um contingente de colonos de Virgínia, preparou o ataque e conseguiu a vitória contra o Fort Duquesne, em Novembro de 1758.
No mesmo ano, no posto de coronel, deixou o Exército e casou-se com a rica viúva Martha Dandridge. Em sua propriedade, passou a viver do plantio de tabaco e afastou-se da vida militar.
1° Mandato na Presidência
Washington foi eleito por unanimidade e tomou posse em 30 de abril de 1789. Na Câmara do Senado, fez o seguinte discurso de posse: “Que Aquele Todo Poderoso que governa o universo, que preside os conselhos das nações — e cujas ajudas providenciais possam suprir todo defeito humano — consagre as liberdades e a felicidade do povo dos Estados Unidos”.
De início, recusou o salário do cargo, mas o Congresso posteriormente lhe ofereceu US$ 25.000,00 por ano e ele aceitou. Ele lidou bem com a oposição e depois de dois mandatos, conduziu uma suave transição de poder para seu sucessor John Adams.
Em questões políticas, Washington permaneceu apartidário durante todo o seu mandato e se opôs à divisão dos partidos políticos. Ao mesmo tempo, priorizou um governo central forte, de forma federalista e desconfiou da oposição republicana.
Além disso, proclamou neutralidade dos Estados Unidos frente às guerras que se desenrolavam na Europa, evitou a guerra com a Grã-Bretanha e garantiu uma década de paz e comércio lucrativo com base no Tratado de Londres.
Em seu governo, tendo o estabelecimento do crédito público como desafio principal, apoiava fortemente a criação de um banco nacional. Após ter lutado como soldado na Guerra Franco-Indígena, como presidente tentou inúmeras conciliações com os povos indígenas, todas fracassadas.
Em agosto de 1794, Washington enviou o general Anthony Wayne para o território indígena com autoridade para expulsá-los, queimando suas aldeias e plantações no Vale de Maumee. Um ano depois, dois terços de Ohio foram abertos para assentamentos americanos por meio do Tratado de Greenville.
2° Mandato na Presidência
Washington tinha como objetivo se demitir após seu primeiro mandato, mas o conflito político no país o fez mudar de ideia e ele concorreu novamente.
Por unanimidade, o Colégio Eleitoral o reelegeu como presidente em 13 de fevereiro de 1793, e John Adams como Vice-Presidente em uma votação de 77 a 50. O governo estava centrado em torno da Revolução Francesa, permanecendo neutro e ainda apoiando a criação de um banco nacional. Esse período ficou conhecido como a Era Federalista dos Estados Unidos.
Nos últimos meses de seu mandato, George Washington foi atacado fortemente pela oposição e por uma imprensa partidária que o acusou de ser ambicioso e ganancioso. Em 1793, assinou a Lei do Escravo Fugitivo, dando permissão aos proprietários de escravos de cruzar as linhas do estado e recuperar os escravos fugitivos.
No mesmo ano, assinou também o Ato Naval, criando a Marinha dos Estados Unidos com objetivo de combater piratas da Barbária antes das Guerras da Barbária. Essas foram as suas últimas ações como presidente. Logo se aposentou por motivos pessoais e políticos.
Em seu discurso de despedida, pediu que os homens superassem o partidarismo e servissem ao bem comum, defendendo que os Estados Unidos se concentrasse apenas em seus próprios interesses.
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