Guerra do Congo
A Guerra do Congo é considerada um dos conflitos mais violentos do mundo desde a Segunda Guerra Mundial. Já deixou milhares de mortos e pessoas desamparadas.
Com a Conferência de Berlim, em 1885, em que o enfoque era a partilha do continente africano, o Congo se tornou um domínio pessoal do rei da Bélgica, Leopoldo II.
O território foi profundamente explorado até o século XX. Por volta da década de 1950, o líder nacionalista Lumumba começa a demonstrar a sua insatisfação com a situação política do país e, assim, consegue juntar pessoas em prol da sua causa: a independência do Congo.
Contexto histórico da Guerra do Congo
A independência da República Democrática do Congo ocorreu em 1960, após muitos conflitos e manifestações populares.
O Congo passou de propriedade do monarca para colônia da Bélgica, em 1908.
O fato de ser um país rico em pedras e metais preciosos (diamante, estanho e cobre) alimentou a ambição e consequentemente a violência.
A exploração das jazidas da região ficou a cargo da mineradora belga, União Mineira do Alto Katanga. Planejavam o controle das riquezas minerais do Congo mesmo após a sua independência.
Logo após a independência de Congo, o país começou a viver uma guerra civil.
O objetivo dos grupos rivais participantes da guerra era controlar a exploração dos metais preciosos, com isso, tropas belgas e grupos internacionais apoiaram o movimento separatista. Tal movimento ocorreu com muita violência, deixando um número elevado de mortos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) tentou intervir no conflito. Contudo, sua intervenção não teve sucesso, pois não conseguiu influenciar as disputas internas do país.
Diversas facções controlavam o Congo com o apoio de grupos belgas e internacionais (Estados Unidos e Portugal).
Um dos episódios mais violentos foi quando Kasavadu, o então presidente do Congo, exonerou o primeiro-ministro Lumumba. Logo em seguida Lumumba, foi assassinado pelos rebeldes.
Em 1963, a ONU se retira de Congo, Kasadavu nomeia Tshombe como seu primeiro-ministro e conseguem vencer os grupos rebeldes.
Tshombe é demitido pelo presidente, que é deposto pelo exército em 1965.
Período ditatorial – Mobutu
Mobutu é a forma como Joseph-Désiré Mobutu (1930-1997) era conhecido. Após o golpe, Mobutu assume o poder e iniciou o período ditatorial no Congo. Ele chega ao poder apoiado pelos militares, europeus e norte-americanos.
Devido à pressão popular, em 1990 o país adota o pluripartidarismo (sistema político que permite a existência de vários partidos em um país).
Contudo, em 1991, ele enfrentou uma guerra geral e cedeu, concedendo anistia (perdão) aos exilados políticos.
Em 1997, deixa o poder, após vários levantes organizados por Laurent Kabila.
Mobutu permaneceu mais de 30 anos no poder (1965-1997), defendendo a africanização da região. Em 1971, ele modificou o nome de República Democrática do Congo para República do Zaire.
Quando Mobutu é deposto do poder, em 1997, o nome do país volta a ser Congo. Porém, os conflitos internos e problemas sociais permanecem.
Congo na atualidade
A República Democrática do Congo é um dos países mais ricos do mundo em recursos naturais. Contudo, a grande maioria da população vive em estado de extrema pobreza.
Ele foi violentamente explorado desde o momento em que a Bélgica invadiu o local, por volta do século XIX-XX.
Essa região permaneceu em guerra praticamente duas gerações. Acredita-se que esse conflito tenha sido o mais violento do mundo desde a Segunda Guerra Mundial.
Estima-se que ele tenha matado uma média de 6 milhões de congoleses.
Tais conflitos ocorrem por questões étnicas, territoriais e pelo controle dos minerais existentes na região, que são contrabandeados para outros países.
O Congo possui as maiores reservas de cobalto do mundo. Esse metal é fundamental para a indústria de carros elétricos e para o setor aeroespacial.
Por isso, o país é considerado o mais rico do mundo e, ao mesmo tempo, o mais pobre.
A população congolesa ainda vive momentos de violentos confrontos armados, com assassinatos, estupros e deslocamentos.
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