Inédito e impressionante: cientistas ‘flagram’ tubarão que teve parte do corpo regenerada
O animal havia perdido grande parte da nadadeira mas a recuperou dentro de 322 dias.
Em um artigo histórico publicado na revista Journal of Marine Sciences, cientistas da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, relataram um fato inédito registrado na costa norte-americana.
De acordo com os estudiosos, um tubarão-seda (Carcharhinus falciformis) que havia sido possivelmente ferido por pescadores conseguiu regenerar parte da nadadeira em menos de 322 dias.
O caso está sendo considerado o primeiro do tipo relacionado aos tubarões-seda, e apenas o segundo para qualquer espécie de tubarão.
A rara e impressionante demonstração do “fator de cura” dos tubarões é uma amostra da capacidade de sobrevivência desses animais. Isso nos faz lembrar de espécies incríveis, como os tubarões-da-Groenlândia, que vivem centenas de anos.
Mais detalhes sobre o tubarão-seda e a recente descoberta
O Carcharhinus falciformis é uma espécie bastante comum e que está amplamente presente nas águas costeiras das Américas.
Também conhecido por outros nomes, essa espécie, que pode atingir cerca de 3,5 m de comprimento e 190 kg ganhou a alcunha de “seda” por causa da textura macia da sua pele.
Esse animal está em risco moderado de extinção devido à sua dificuldade de reprodução. Por esse motivo, em locais como a Flórida, onde o tubarão regenerado foi fotografado, a caça é proibida.
Como se deu o estudo?
Chelsea Black, a autora do estudo que investigou a incrível regeneração do tubarão-seda, é uma estudante da Universidade de Miami que recebeu uma série de fotos do exemplar analisado.
Nas imagens, feitas por um mergulhador chamado John Moore, é possível ver o animal primeiramente ferido e alguns meses depois totalmente curado.
O ferimento do tubarão-seda estava localizado na sua nadadeira e muito provavelmente foi causado por pescadores que tentaram remover uma etiqueta de identificação. A etiqueta, por sua vez, deve ter sido colocada por biólogos que monitoravam o animal a fim de estudar a espécie.
Segundo Chelsea Black, quando ela viu as primeiras imagens lamentou pelo tubarão, pois achava que ele morreria devido ao ferimento. Com o passar do tempo, ela teve uma grata surpresa.
Nos meses que se seguiram, John Moore continuou enviando fotos do espécime que estava cada vez melhor, até aparecer com a nadadeira totalmente regenerada menos de um ano depois dos primeiros registros fotográficos.
Confira abaixo todas as fotos de antes de depois do tubarão-seda que tem “fator de cura” correndo nas veias:
(Imagem: John Moore/Journal of Marine Sciences/reprodução)
(Imagem: John Moore/Journal of Marine Sciences/reprodução)
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