Não é como nos desenhos! Tartarugas NÃO conseguem sair dos seus cascos; saiba o motivo
Elemento é essencial para a sobrevivência e estrutura corporal desses répteis.
A imagem popular de uma tartaruga saindo de seu casco pode ser encantadora, mas é apenas um mito. Na realidade, o casco é uma parte fundamental da anatomia desses animais, sendo inseparável deles. O oceanógrafo Igor Peres Puertas esclarece, em matéria do G1, que a carapaça é muito mais do que uma simples armadura.
Muitos acreditam erroneamente que as tartarugas podem abandonar seus cascos à vontade. No entanto, o casco é integrado ao esqueleto, incluindo a coluna vertebral e as costelas. Assim, é impossível para uma tartaruga se desvincular dessa estrutura essencial.
Do que é feito o casco da tartaruga?
O casco das tartarugas é constituído por duas partes distintas: a carapaça superior e o plastrão inferior. A carapaça inclui a coluna vertebral e costelas modificadas, todas cobertas por escamas de queratina.
Já o plastrão contém ossos como o epiplastrão e xiphiplastrão, também revestidos por escamas. Ambas as partes do casco são ligadas por suturas, formando a crista carapacial.
Dentro dessa crista, os órgãos vitais das tartarugas, incluindo pulmões e coração, estão protegidos. Essa configuração destaca a função crucial do casco na proteção das vísceras.
Imagem: Shutterstock/Reprodução
Evolução do casco
A origem do casco remonta a mais de 260 milhões de anos, com o Eunotosaurus africanus sendo um dos primeiros a mostrar essas características. A evolução das costelas para um casco rígido começou como uma adaptação para escavação, adquirindo mais tarde um papel protetor.
O Odontochelys semitestacea, datado de 220 milhões de anos atrás, revela uma forma mais próxima das tartarugas atuais, com costelas largas e uma placa dérmica ventral. Esses fósseis oferecem insights valiosos sobre a evolução dos cascos.
Proteção e cuidados
Os cascos são o principal mecanismo de defesa das tartarugas. Nos habitats terrestres, elas podem se retrair totalmente, enquanto no mar são mais vulneráveis. O casco também é sensível; portanto, cuidado deve ser tomado ao manuseá-las.
Uma dieta balanceada é crucial, pois deficiências nutricionais podem afetar o desenvolvimento do casco. Além disso, as feridas no casco cicatrizam naturalmente, destacando a resiliência desses animais fascinantes.
Um equívoco comum é acreditar que as tartarugas não sentem através do casco. Na verdade, há uma camada de pele sob a carapaça, possibilitando sensibilidade ao toque. Compreender essa característica ajuda a respeitar e proteger melhor esses seres incríveis.
*Com informações G1
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