Não gosta de como seu rosto aparece em fotos? Médica dá conselho valioso
Entenda como uma simples analogia, feita por uma médica, pode transformar a maneira como você percebe sua imagem em fotografias.
Quem nunca se olhou no espelho, sentiu-se satisfeito com a própria aparência, mas depois se viu em uma foto e ficou desanimado?
Essa discrepância entre o que vemos no espelho e nas fotografias é uma experiência comum, mas pode abalar a autoestima.
Felizmente, segundo a dermatologista Dra. Samantha Ellis, existe uma maneira de repensar essa relação com as fotos e recuperar a confiança na sua imagem.
Em um vídeo que acabou viralizando, o qual disponibilizamos mais adiante neste post, a Dra. Ellis compartilhou um conselho que mudou sua própria visão sobre como aparece nas fotos.
Ela compara a situação a algo simples e poético:
“Pense em todas as vezes que você viu um belo pôr do sol, mas, ao tentar fotografá-lo, a imagem não faz jus à beleza que você viu ao vivo. O mesmo acontece com você: uma foto pode não capturar toda a sua beleza, e isso não significa que você não seja incrível.”
Por que não gostamos de fotos nossas?
Segundo especialistas, há várias razões pelas quais muitas pessoas não gostam de suas fotos. Elisa Martínez, psicoterapeuta especialista em autoestima, explica que esse sentimento pode estar relacionado ao ‘efeito de mera exposição’.
Estamos acostumados a ver nosso reflexo no espelho, que apresenta uma versão espelhada de nós mesmos. Quando vemos fotos, estamos vendo uma versão que é menos familiar, o que pode parecer menos atraente.
Além disso, fotos são representações bidimensionais de uma realidade tridimensional, o que limita a captura da verdadeira profundidade e nuances do nosso rosto.
Outro fator que influencia essa percepção é o uso de câmeras de smartphones, que distorcem as proporções faciais. Elas podem fazer com que partes do rosto pareçam maiores ou menores do que realmente são.
A iluminação, o ângulo e até mesmo o humor no momento em que vemos a foto também afetam nossa percepção.
Conselho da dermatologista
A analogia da Dra. Ellis com o pôr do sol é especialmente interessante para quem se sente frustrado ao ver suas fotos.
A ideia é que, assim como uma foto não capta toda a majestade de uma paisagem natural, uma imagem sua também não pode capturar tudo o que faz de você único e bonito.
Ela sugere que seus pacientes mudem o foco e pensem em si mesmos como uma beleza complexa e difícil de capturar totalmente em uma única foto.
Já a psicoterapeuta Martínez concorda e acrescenta que a comparação é importante porque nos lembra que somos mais do que apenas uma imagem.
A nossa percepção está fortemente moldada por padrões de beleza irreais impostos pelas redes sociais. Ela recomenda reduzir o tempo em plataformas digitais e focar mais em reconhecer as qualidades que você já aprecia em si mesmo.
Melhore sua relação com as fotos
Se você ainda se sente desconfortável com suas fotos, existem algumas estratégias práticas que podem ajudar.
Primeiro, tente diminuir o uso das redes sociais, que muitas vezes enfatizam a perfeição inatingível. Muitas das imagens que vemos online passam por edições drásticas, e compará-las com fotos naturais pode distorcer sua autoimagem.
Também vale a pena experimentar diferentes ângulos, luzes e poses nas fotos. Pequenos ajustes podem fazer uma diferença significativa na forma como você se sente ao olhar para uma imagem. Lembre-se, porém, de que nem a melhor técnica de fotografia pode capturar tudo o que você é.
Além disso, ao reconhecer que padrões de beleza são altamente subjetivos e mutáveis, você pode adotar uma visão mais gentil sobre si mesmo.
Cultivar uma visão crítica sobre o que a sociedade considera como bonito pode ajudar a aliviar a pressão e permitir uma aceitação mais profunda.
Quando procurar ajuda profissional
Em casos onde o desconforto com a própria imagem é muito intenso e recorrente, é possível que isso esteja ligado a condições mais sérias, como o transtorno dismórfico corporal (TDC).
Se você sentir que as preocupações com a sua aparência estão afetando significativamente a sua vida, é recomendável procurar um profissional de saúde mental para avaliação e tratamento.
*Com informações de HuffPost.
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