Paulo Freire

Para ele, a educação tem como objetivo conscientizar o estudante e, principalmente, fazer com que melhore a relação com as parcelas mais desfavorecidas da sociedade.

Pensando nisso, um dos seus principais trabalhos é nomeado como Pedagogia do Oprimido. Para o escritor, a escola não serve apenas para ensinar o técnico, mas também desenvolver uma visão mais crítica da sociedade, logo, mais empática. Tudo isso, não deixando de lado a valorização da cultura de cada aluno.

Biografia de Paulo Freire

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, Pernambuco, no dia 19 de setembro de 1921. O educador é filho de Joaquim Freire e Edeltrudes Neves Freire. Quando Paulo tinha 13 anos, seu pai faleceu. Com isso, ficou complicado manter as condições de casa.

Por isso, sua mãe pediu ajuda para o diretor do Colégio Oswaldo Cruz. Paulo Freire se tornou, então, auxiliar de disciplina, com direito à matrícula gratuita. Na mesma escola, se tornou professor de Língua Portuguesa.

Ele cursou direito na Faculdade de Direito de Recife e no ano de 1944 se casou com Elza Maria Costa Oliveira, com quem teve cinco filhos. Paulo Freire conquistou o cargo de diretor do setor da Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria.

Durante o regime militar, seu método de alfabetização foi considerado ameaçador. Isso se iniciou quando o então presidente João Goulart o convidou para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização.

Após alguns meses, ele foi exilado. Ficou 16 anos no Chile e depois na Suíça, onde foi consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Municipal das Igrejas. Paulo ainda foi para os Estados Unidos, onde lecionou como professor visitante em Harvard.

O Método de Paulo Freire

O Método de Alfabetização de Paulo Freire defendia que a educação também deveria estar preocupada com os problemas a quais a sociedade estava passando. Seu método foi uma forma estratégica de alfabetizar os adultos.

Para ele, era fundamental que a educação proporcionasse autonomia, consciência crítica e capacidade de decisão no indivíduo.

O educador ainda considerava que o seu método era uma forma de não apenas ensinar, mas, também aprender. Por isso, seria bem mais próxima de uma teoria do conhecimento do que de ensino.

Logo, toda a sua metodologia tinha princípios éticos e metodológicos, baseados na forma de o educando conquistar uma autonomia e o educador sempre aberto ao diálogo.

Pode-se resumir o método Paulo Freire em o educador demonstrar ao educando que ele possui experiências que são fundamentais para o aprendizado. Dessa forma, ajudá-lo a organizar essa gama de conhecimentos aos saberes escolares. Com isso, aumenta-se a autoestima do estudante e este se sente mais participativo enquanto aprende.

Conclui-se, então, que a visão de Paulo Freire em relação à educação se define com o entendimento que existe uma autonomia do educando, com uma rotina aberta ao diálogo e à reflexão.

Pedagogia da Autonomia

No livro Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire faz uma reflexão a respeito da relação entre os educadores e educandos.

Nisso, ele elabora práticas pedagógicas que desenvolvem autonomia, capacidades críticas, valorização da cultura, conhecimentos, entre outros, ou seja, na obra, Paulo Freire estabelece algumas novidades em relação à educação.

Livros de Paulo Freire

Conheça alguns livros escritos por Paulo Freire:

• Pedagogia do Oprimido (1968);
• Pedagogia da Autonomia (1996);
• Pedagogia da Esperança (1992);
• Política e Educação (1985).

Frases de Paulo Freire

A Educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática.

Me movo como educador, porque, primeiro, me movo como gente.

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.

Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.

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