Pesquisa sobre amamentação traz preocupação com relação ao trabalho

Pesquisa com foco em amamentação e trabalho apresenta um cenário difícil para as mães que conciliam as duas tarefas diariamente.

Realizada em São Luís do Maranhão pela pesquisadora Marizélia Ribeiro, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), uma pesquisa com foco em amamentação e trabalho apresenta um cenário difícil para as mães que conciliam as duas tarefas diariamente.

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Os dados da pesquisa demonstram que mães que possuem trabalhos semiespecializados e com jornadas diárias de 8 horas ou mais não conseguem fazer a alimentação exclusiva dos seus filhos com o leite materno, o que é recomendado exclusivamente até os seis meses do bebê. Com dados de 5.166 mães, a pesquisa revelou algumas porcentagens com relação à alimentação exclusiva dos bebês nos primeiros meses de vida.

Entre as entrevistadas, mulheres que não possuem trabalho remunerado apresentam 46% da alimentação exclusiva com leite materno até o quarto mês. Em tese, esse cenário seria o ideal para que a alimentação fosse apenas com o leite materno. Já as mulheres com trabalhos semiespecializados somam 34%, seguindo o mesmo índice com as mães que possuem trabalho remunerado com carga horária de 8 horas ou mais.

Existe um histórico de pesquisas de diversas fontes que já mostram essa correlação entre amamentação e trabalho. Sendo essencial para recém-nascidos e nos seis primeiros meses de vida, a amamentação exclusiva é recomendada por pediatras. Assim, essa interrupção e inserção alimentar variada para os bebês pode gerar problemas de saúde ao decorrer da vida, já que a adaptação de todo sistema é gradual e ocorre em etapas da infância.

De acordo com a pediatra responsável pela pesquisa, entre os efeitos negativos do retorno à jornada de trabalho após a licença maternidade, o principal é a diminuição da produção do leite materno, obrigando a implementação de outros alimentos nas refeições dos bebês.

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