Plano de Metas
O Plano de Metas foi um programa criado no governo de Juscelino Kubitschek que visava a aceleração e modernização da economia do Brasil por meio da industrialização.
Consistia em um programa acelerado de modernização da economia baseada no aumento de indústrias e no forte crescimento econômico do Brasil.
Durante a campanha eleitoral de JK, tal proposta era simbolizada pelo lema, cinquenta anos em cinco, que prometia o avanço do país de cinco décadas em apenas cinco anos do seu mandato.
Plano de Metas – JK: resumo
O Plano de Metas foi organizado em cinco eixos:
- Transporte
- Energia
- Indústria de base
- Alimentação
- Educação
Apenas um item do Plano foi dedicado à educação, enquanto onze foram direcionados à indústria.
O programa pretendia investir em setores estratégicos, dando oportunidades para as indústrias privadas ampliarem sua produção para assim criar mais postos de trabalho e aumentar a circulação de capitais e mercadorias.
As empresas estrangeiras também foram beneficiadas pelo Plano de Metas, que permitiu sua entrada e atuação no Brasil. À elas, o programa oferecia:
- Facilidade na importação de equipamentos e máquinas;
- Vantagens tributárias;
- Reserva de mercado aos seus produtos;
- Benefícios na remessa de lucros para o exterior.
O foco de JK se concentrava nas indústrias de bens duráveis para atender às demandas da classe média urbana que desejava obter eletrodomésticos, carros e outras tecnologias.
Realizações do Plano de Metas
O governo investiu milhões na indústria de base, construindo siderurgias e hidrelétricas. Ao oferecer inventivos às empresas multinacionais, ele conseguiu atrair diversas indústrias estrangeiras, como a Ford, General Motors e Volkswagen. Todas concentradas no ABC Paulista.
A indústria automobilística foi um sucesso, porém, fez com que o governo deixasse de lado investimentos nos meios de transporte coletivo.
Muitas das metas de JK foram alcançadas, inclusive a construção de Brasília, chamada de meta-síntese.
De um lado, o governo de JK promoveu uma arrancada industrial, de outro permitiu que a inflação disparasse a chegasse a cerca de 30% ao ano.
A industrialização gerou muitos empregos mas não beneficiou igualmente todas as regiões do país, pois as indústrias se concentravam basicamente nas regiões Sul e Sudeste o que aprofundou as diferenças socioeconômicas entre as regiões.
Por isso, somente a classe média urbana do Sul e Sudeste aumentou seu poder de consumo. Já as pessoas das outras partes do país migraram para essas regiões, desejando melhores condições de vida.
Milhares de nordestinos e mineiros (do interior do estado) migraram para os grandes centros urbanos, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Dessa maneira, o governo de Juscelino Kubitschek aumentou as desigualdades sociais e regionais.
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