Os 14 principais desastres ambientais no Brasil
A história do Brasil é marcada desastres ambientais, quase sempre causados pela má gerência a interferência humana.
Casos de desastres ambientais são frequentemente causados pela interferência e má gerência da humanidade. Esses desastres causam impactos sérios no solo, ar e água. Além disso, também afetam todas as formas de vida.
O desenvolvimento industrial e urbano, apesar de proporcionar crescimento econômico, pode cobrar um alto preço do planeta. Isso porque quando feito de forma inconsequente, os efeitos são inegáveis.
Confira a seguir mais detalhes sobre os 14 principais desastres ambientais do Brasil.
O que são desastres ambientais
Desastres ambientais são alterações significativas para o meio ambiente. Alguns exemplos de degradação são: poluição, destruição de áreas verdes e contaminação da água contaminada. Os efeitos são duradouros não só para o bem-estar físico, mas também para inúmeros aspectos da vida daqueles afetados.
Vazamento de óleo na Baía de Guanabara (1975)
O petroleiro Tarik Iba Ziyad, fretado pela Petrobras, rompeu o casco do navio em frente à enseada do Botafogo. Assim, 6 mil toneladas de óleo foram vazadas, criando manchas de 10 centímetros de espessura em alguns locais, assim como incêndios.
Vale da Morte em Cubatão (1980)
Na década de 80, Cubatão, em São Paulo, era uma região com alta atividade petroquímica, fato que resultou na contaminação do ar, solo e água da região. Com altos índices de doenças e mortes, o município era considerado o mais poluído do mundo, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Por isso, Cubatão ficou conhecido internacionalmente como vale da morte.
Incêndio na Vila Socó (1984)
Uma falha nos dutos subterrâneos da Petrobras causou um vazamento de gasolina na Vila Socó, em Cubatão, São Paulo. Assim, com 700 mil litros espalhados, um incêndio destruiu parte da região e resultou em 93 mortes oficias. Com 3 mil pessoas desabrigadas, os moradores defendem que mais de 500 pessoas morreram no incêndio.
Césio 137 em Goiânia (1987)
Em setembro de 1987, ocorreu um dos maiores acidentes radioativos do mundo. Em uma busca por material, dois catadores de lixo entraram em um hospital abandonado e acharam uma cápsula. A dupla acreditou que poderia vender o objeto para um ferro-velho, e, ao abrir a cápsula, achou um pó branco que brilhava no escuro.
Ao mostrar para conhecidos e familiares, os homens inconscientemente contaminaram água, solo e pessoas, entre elas, a criança Leide das Neves. Ao total, oficiais registraram quatro mortes e centenas de outros contaminados que desenvolveram doenças.
Em 1996, a Justiça sentenciou três sócios e um funcionário do hospital abandonado por homicídio culposo. A pena foi de três anos e dois meses de prisão, mas foi trocada por prestação de serviços voluntários.
Vazamento de óleo na Baía de Guanabara (2000)
Devido ao rompimento de um duto da Petrobras, houve um vazamento de 1,2 milhão de litros de óleo combustível. Esse óleo atingiu cerca de 25 praias, se espalhou por 50 km2 , destruiu e contaminou toda a área de manguezal no local.
Vazamento de óleo em Araucária (2000)
Um duto foi rompido durante a transferência de petróleo do terminal marítimo de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, para a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, no Paraná. Por isso, 4 milhões de litros vazaram na bacia do Arroio Saldanha e nos rios Barigui e Iguaçu.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou uma multa de 168 milhões de reais.
Naufrágio da plataforma P-36 na Bacia de Campos (2001)
O acidente iniciou-se no dia 15 de março com uma explosão na plataforma da Petrobras P-36, com 175 pessoas a bordo. No total, foram três explosões e 11 mortes. No dia 18, a plataforma imergiu por completo na água.
Vazamento de barragem em Cataguases (2003)
Na Fazenda Bom Destino, em Cataguases, em Minas Gerais, com o rompimento de uma barragem, vazaram os rejeitos da produção de celulose. O acidente, que atingiu os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, fez com que 600 mil pessoas ficassem sem água por semanas.
Rompimento de barragem em Miraí (2007)
Houve um rompimento da barragem de mineração Bom Jardim, do Rio Pomba Mineração, que causou um vazamento de lama tóxica. Como resultado, milhares de pessoas foram afetadas. Também, sucedeu a destruição do ecossistema local.
Chuvas na região serrana do Rio (2011)
Como resultado de uma série de chuvas e problemas de infraestrutura, houve deslizamentos e enxurradas que causaram 800 mortes e destruição de inúmeras casas nos municípios de Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Teresópolis, Sumidouro, Nova Friburgo, Bom Jardim, Areal.
Vazamento de óleo Bacia de Campos (2011)
Por causa de uma perfuração mal sucedida, ocorreu um vazamento de óleo da empresa Chevron. Segundo especialistas, a área não era propícia para perfuração. Como consequência, o ecossistema foi fortemente impactado e estima-se que o óleo se espalhou por 162 km².
Incêndio na Ultracargo (2015)
Durante uma transferência de combustível, ocorreu uma explosão e incêndios. Não houve mortes, mas a população local sofreu problemas respiratórios. Também, a água utilizada para controlar o incêndio foi escoada para o mar, resultando na morte de nove toneladas de peixe.
Rompimento da barragem de Mariana (2015)
O rompimento da Barragem do Fundão, que guardava rejeitos da mineração, lançou 62 milhões de m3 de lama sobre a população local. Foram 19 mortes contabilizadas, além da contaminação da água, e solo e destruição do ecossistema.
A lama espalhou-se e atingiu mais de 19 municípios. Além disso, mais de dois mil hectares de terra ficaram inaptas para plantio.
Rompimento da barragem de Brumadinho (2019)
Assim como o rompimento de Mariana, Brumadinho sofreu com o vazamento de lama tóxica, que causou 259 mortes e 15 desaparecimentos. A duração dos impactos do desastre na água, solo, fauna, flora e população é imprevisível.
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