Sal de cozinha tem microplásticos? Resposta é PREOCUPANTE!
De fato, análise globais indicam a presença de microplásticos em sal marinho. Saiba quais são suas implicações em nossa saúde.
Os microplásticos no sal de cozinha já são uma realidade preocupante no mundo todo.
Estudos recentes, incluindo pesquisas na China, no Reino Unido, na França, Espanha e Estados Unidos, têm consistentemente encontrado microplásticos em amostras de sal marinho.
Tem microplástico no sal? Estudos revelam
Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual de Nova York em Fredonia, liderada por Sherri Mason, examinou 12 diferentes tipos de sal, incluindo 10 sais marinhos adquiridos em supermercados não só dos Estados Unidos, mas do mundo todo.
A pesquisa indicou que consumidores americanos podem estar ingerindo até 660 partículas de plástico anualmente somente pelo consumo de 2,3 gramas de sal por dia.
Mais preocupante que isso, é fato que essa quantidade seja, provavelmente, muito maior, considerando que 90% dos americanos consomem sal em excesso.
O estudo encontrou diversos tipos de microplásticos, com o polietileno tereftalato (PET) sendo o mais comum, seguido de polietileno e polipropileno.
Esses resultados foram consistentes com pesquisas realizadas em outros países, incluindo uma na Espanha que, ao analisar 21 tipos de sal, concluiu que:
“Produtos vindos do mar estão irremediavelmente contaminados por microplásticos.”
Nesse estudo espanhol, nenhuma das 21 amostras de sal marinho analisadas estava livre da contaminação.
Este achado corrobora com outro estudo feito na China, em 2015, que também revelou a presença dos microplásticos.
Nos Estados Unidos, consumidores podem estar ingerindo até 660 partículas de plástico anualmente através do sal de cozinha – Imagem: Reprodução
Na China, os cientistas encontraram partículas de plástico de esfoliantes faciais, cosméticos e fragmentos de garrafas plásticas em 15 amostras de sal encontradas em supermercados.
Implicações para a saúde humana
O impacto dos microplásticos na saúde humana ainda é incerto, dado que é difícil realizar estudos sem um grupo de controle não exposto.
Os microplásticos têm a capacidade de absorver e carregar substâncias tóxicas que estão presentes no ambiente, como pesticidas, metais pesados e poluentes orgânicos persistentes (POPs).
Esses poluentes são conhecidos por suas propriedades carcinogênicas e por causarem outros danos à saúde, incluindo distúrbios endócrinos e neurológicos.
Pesquisadores da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health indicam que substâncias como o bisfenol A foram detectadas na urina de 95% da população adulta dos EUA, sugerindo uma exposição onipresente desde a gestação até a morte.
Afinal, ao ingerir sal contaminado por microplásticos, essas substâncias tóxicas podem ser liberadas no corpo humano.
Efeitos da exposição
Embora os efeitos imediatos da ingestão de microplásticos possam não ser completamente conhecidos, existe uma preocupação crescente com os possíveis impactos a longo prazo.
Muitos estudos sugerem que a exposição contínua pode afetar adversamente o sistema imunológico, além de potencialmente contribuir para doenças mais graves ao longo do tempo.
A dificuldade em estudar os efeitos dos microplásticos na saúde humana decorre, em parte, da onipresença desses contaminantes.
É quase impossível encontrar um grupo de controle de humanos que não tenha sido exposto a microplásticos, dificultando ainda mais as pesquisas sobre seus efeitos específicos.
*Com informações de The Guardian e E-Cycle
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