Beber água da chuva é muito perigoso, alerta novo estudo

Nas últimas décadas, a comunidade científica vem alertando quanto ao grande nível de químicos tóxicos nas águas das chuvas. Isso se dá por conta do grande aumento de emissão dessas toxinas por nós, seres humanos. Agora, um novo estudo apresenta mais detalhes do porquê de não beber água da chuva.

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Água da chuva não é potável

Esse novo estudo vem da Universidade de Estocolmo e usou como base as diretrizes da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a EPA. No caso, a comunidade internacional usa bastante as recomendações desse órgão quando o assunto é água potável.

Então, de acordo com o que a EPA qualifica como água potável, que é própria para o consumo, não existe chuva em lugar algum do mundo que seja própria para beber. Isso se dá por conta da presença dos “Forever Chemicals”, algo como “químicos eternos”, em tradução livre.

Esses componentes também são conhecidos pela sigla PFAS, que representa as substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas. Segundo o estudo, essas são substâncias que demoram muito para se decompor. Ademais, nós as encontramos em embalagens, xampus, maquiagens, mas também no ar e nas águas das chuvas.

Portanto, a conclusão da EPA é que a presença dos PFAS aumentou bastante na água das chuvas, tornando-a imprópria para o consumo. Inclusive, os estudos apontam que até mesmo na Antártida esses níveis estão altos, de modo que não se pode beber água de nenhuma chuva.

Contato com água da chuva é perigoso

Além disso, as novas conclusões também mostram que não apenas o consumo de água da chuva é perigoso. Isso porque até mesmo o simples contato com a pele pode causar impactos significativos, como já alertou diversas vezes a EPA.

Entre os principais efeitos sobre a saúde, está a diminuição de proteção da vacinas em crianças. Mas não só isso, pois obesidade, colesterol alto, infertilidade e até mesmo alguns tipos de câncer podem ser efeitos do contato com as chuvas.

Entretanto, vale dizer que o risco é bem menor quando o contato ocorre pela pele. Por outro lado, os efeitos serão bem mais presentes naqueles que ingerirem as águas da chuva.