Vergonha! Professores da educação infantil são os profissionais de nível superior mais mal remunerados, diz estudo
A pesquisa, feita pela Fundação Getúlio Vargas, aponta que essas pessoas recebem metade do piso salarial da categoria, ligando o alerta para a necessidade de valorização.
Em um cenário alarmante que destaca as dificuldades enfrentadas pelos educadores no país, professores de educação infantil no Brasil emergem como os profissionais de ensino mais mal remunerados, ganhando uma média salarial de apenas R$ 2.285 mensais.
A pesquisa, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), não apenas lança luz sobre a urgência de reavaliar as políticas de remuneração no setor educacional, mas também ressalta a necessidade de reconhecimento e valorização daqueles que formam a base da trajetória educacional na sociedade.
Educação lidera lista de piores remunerações
Educação está no topo do ranking de piores salários entre diplomados no Brasil, revela estudo recente.
Professores de educação infantil, com ganhos de R$ 2.285, e outros educadores enfrentam remunerações desfavoráveis, muito abaixo do padrão de vida desejável.
A pesquisa destaca que, no segundo trimestre de 2023, profissionais do ensino receberam salários médios de R$ 2.285 a R$ 3.554, valores que representam variações negativas significativas em comparação a 2012.
A única exceção positiva são os educadores para necessidades especiais, que tiveram um aumento de 14% em seus salários médios, ainda que continuem enfrentando desafios financeiros.
(Imagem: divulgação)
Estagnação e queda: professores de educação infantil veem salário crescer apenas 3%
Em um período de 11 anos, os professores de ensino pré-escolar no Brasil experimentaram uma estagnação salarial, com um aumento real de apenas 3% em suas remunerações, segundo dados recentes do IBGE.
Enquanto isso, trabalhadores de outras áreas da educação e afins também enfrentam reduções significativas.
Destacando a precariedade, a pesquisa mostra que a remuneração média de categorias como “outros professores de arte” sofreu uma queda alarmante de 45%, e a de bibliotecários, documentaristas e afins diminuiu 32% desde 2012.
Tais declínios contrastam fortemente com a realidade dos médicos especialistas, atualmente os profissionais mais bem remunerados no país.
Considerando todas as ocupações, o rendimento médio do trabalhador brasileiro foi calculado em R$ 2.836, incluindo profissões que não exigem diploma.
A disparidade salarial ressalta a valorização desigual das carreiras, com a educação enfrentando um dos maiores impactos.
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