Ossos humanos podem indicar a etnia de cada pessoa

Um estudo recente do MIT (Massachusetts Institute of Technology) com inteligências artificiais obteve resultados que surpreendem e preocupam toda a comunidade científica. O estudo em questão observava tomografias de diversas pessoas e após alguns testes, a máquina demonstrou ter conseguido desenvolver a habilidade de distinguir a etnia de cada paciente.

Porém, este é um assunto muito delicado e pode trazer impactos negativos para o mundo. Quer saber mais sobre essa descoberta? Então, leia esta matéria na íntegra.

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A surpresa inesperada da inteligência artificial

A professora Marzyeh Ghassemi, à frente do estudo desenvolvido no Massachusetts Institute of Technology por meio do uso de inteligência artificial (IA), afirma não saber como o programa obteve esses resultados. Durante a pesquisa, todas características relacionadas às etnias dos pacientes foram retiradas das tomografias e, ainda assim, a IA conseguiu identificar a etnia de cada um.

Contudo, os estudante foram além, retirando da base de dados informações dos pacientes e testando a IA com imagens de áreas diferentes do corpo. Ainda assim, mesmo com todas essas restrições, a máquina obteve bons resultados

A pergunta que fica é: como uma máquina conseguiu, por si só, fazer essa relação entre ossos e etnias?

A ciência ainda não sabe responder essa questão. A aposta é que a IA consiga distinguir padrões de substâncias como a melanina na constituição corporal de diferentes etnias, o que não é possível a olho nu.

Quais os perigos dos resultados dessa pesquisa?

Em vários momentos da história, pessoas em posições de poder, em sua maioria de etnias brancas, tentaram justificar o racismo usando a biologia como argumento para tal. Esses “estudos” provocaram impactos imensos na sociedade e, infelizmente, alguns insistem em continuar utilizando justificativas raciais para seus atos de preconceito.

Para evitar acontecimentos semelhantes a esses, os pesquisadores já se manifestaram publicamente sobre esses dados não serem utilizados como um algoritmo. O objetivo do estudo era apenas testar a precisão da IA e a sua capacidade de reunir e organizar informações. Então, é preciso muita cautela ao abordar esse assunto, pois pessoas mal intencionadas podem utilizar essas informações de maneira errada.