Antimônio – Elemento Químico Antimônio (Sb)
Utilizado em ligas de estanho e chumbo, o antimônio também pode ter aplicabilidade em camada protetora (obtida por eletrodeposição) sobre aços para impedir a ferrugem.
Trata-se de um metal sólido de cor cinza prateada, quebradiço e pertence à família 5A da tabela periódica.
Presente naturalmente em algumas regiões da crosta terrestre, a substância, pertencente ao grupo dos metaloides, pode se apresentar de forma mais ou menos metálica.
É comum que o elemento seja encontrado em eletrodos de baterias de automóveis, ligas metálicas e alguns tipos de vidro.
Todavia, a toxicidade do antimônio depende exclusivamente do seu estado químico. O antimônio metálico por exemplo é relativamente inerte, porém a stibnite é altamente tóxica.
Assim, seu uso deve se restringir a ambientes devidamente ventilados para evitar a contaminação atmosférica, haja vista a possibilidade do elemento formar dermatites.
O antimônio de pureza superior a 99,999% possui aplicabilidade em tecnologia de semicondutores, de modo que é produzido pela redução de compostos de alta pureza, como o trióxido e o cloreto, com hidrogênio.
História
Não há uma história exatamente cronológica do elemento, este é conhecido desde épocas remotas.
Desde 3.000 a.C, o antimônio era conhecido pelos chineses e babilônios, sendo seu sulfeto empregado como cosmético e com fins medicinais. Também há relatos de usos do elemento retratados no Antigo Testamento, Jezebel utilizava-o como um cosmético para os olhos.
Assim como indica os artigos encontrados em túmulos antigos, as mulheres egípcias também adornavam os olhos com o sulfureto de antimônio.
Ainda, o elemento teve ampla utilidade na alquimia. Georg Bauer (Georgios Agrícola), e Basilio Valentín relataram sua aplicabilidade no ‘O carro triunfal do antimônio’, um tratado sobre o elemento.
Ademais, o nome antimônio foi retirado do termo latino antimonium, que surgiu pela primeira vez em uma tradução latina da obra de Ceber.
Isótopos
Simb | % natural | Massa | Meia Vida | Decaimento |
117Sb | 0 | 116,9048 | 2,80 h | CE p/ 117Sn |
118Sb | 0 | 117,9055 | 3,6 m | CE p/ 118Sn |
119Sb | 0 | 118,9040 | 38,1 h | CE p/ 119Sn |
120Sb | 0 | 119,9051 | 15,89 m | CE p/ 120Sn |
121Sb | 57,21 | 120,9038 | Estável | |
122Sb | 0 | 121,9052 | 2,72 d | CE p/ 122Sn b– p/ 122Te |
123Sb | 42,79 | 122,9042 | Estável | |
124Sb | 0 | 123,9059 | 60,3 d | b– p/ 124Te |
125Sb | 0 | 124,9052 | 2,758 a | b– p/ 125Te |
126Sb | 0 | 125,9073 | 12,4 d | b– p/ 126Te |
127Sb | 0 | 126,9069 | 3,84 d | b– p/ 127Te |
128Sb | 0 | 127,9092 | 9,1 h | b– p/ 128Te |
129Sb | 0 | 128,9092 | 4,4 h | b– p/ 129Te |
Propriedades
Em sua forma elementar, o antimônio é um sólido cristalino, fundível, quebradiço, branco prateado que apresenta uma condutividade elétrica e térmica baixa, e evapora em baixas temperaturas.
O elemento apresenta diversas formas alotrópicas, nas cores cinza, amarela e preta, sendo a forma cinza, metálica e estável à temperatura ambiente. O antimônio de cor preta, conhecido como antimônio explosivo, se converte violentamente em antimônio cinza.
Embora seja semelhante aos metais no aspecto e nas propriedades físicas, suas reações químicas se diferenciam.
Pode ser atacado por ácidos oxidantes e halogênios.
No que se refere à abundância, o antimônio na crosta terrestre vão desde 0,2 a 0,5 ppm.
Ocorre juntamente com o enxofre e outros metais como chumbo, cobre e prata.
Para que serve?
Sendo um elemento crucial na indústria de semicondutores, este é usado para a construção de diodos, detectores infravermelhos e dispositivos de efeito Hall.
Também é usado como liga de modo a incrementar significativamente a a dureza e a força mecânica do chumbo. Ademais, também pode ter aplicabilidade em ligas como peltre, metal antifricção (liga com estanho), metal inglês (formado por zinco e antimônio).
Mais especificamente, o antimônio pode ter aplicabilidade em:
- Baterias e acumuladores;
- Tipos de imprensa;
- Revestimentos de cabos;
- Almofadas e rolamentos.
- Fabricação de medicamentos para tratamento da Leishmaniose.
Dados
Nome do elemento: Stibium. Antimônio
Origem do nome: Do grego anti: em oposição a + mónos: único, sozinho = que não é encontrado sozinho. A origem do símbolo vem do nome latim stibium.
Descobridor: O elemento é conhecido desde a Antiguidade.
Ano de descoberta: desconhecido
Número atômico (Z): 51
Massa atômica (A): 121,7600
Família: 15
Período: 5
Raio atômico: 145 pm
Configuração eletrônica: [Kr]4d105s25p3
Estado de agregação da substância simples (CNTP): sólido
TE (substância simples): 1 587 °C
TF (substância simples): 630,63 °C
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.