Máscara inteligente pode detectar pessoa infectada com Covid-19
Pesquisadores da Universidade de Harvard e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolvem máscara de proteção capaz de identificar coronavírus.
Cientistas da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) estão desenvolvendo uma máscara de proteção que terá a capacidade de detectar se uma pessoa está contaminada pelo novo coronavírus. Toda vez que alguém infectado tossir, espirrar ou até mesmo respirar, uma luz fluorescente irá se acender.
Segundo os pesquisadores, a ação pode auxiliar a amenizar o problema da ausência de testes, recorrente em muitos países. Assim, os médicos irão poder colocar a máscara nos pacientes e localizar rapidamente, sem a necessidade de levar os exames a um laboratório, se eles possuem ou não a Covid-19.
Essa tecnologia será a adaptação de um teste, realizado em 2014 pelo MIT, quando pesquisadores iniciaram o desenvolvimento de sensores que tinham a possibilidade de detectar o vírus do ebola uma vez congelado em papel.
Em 2018, o laboratório das universidades, já era habilitado a reconhecer, por meio da contribuição de sensores, SARS, influenza, hepatite C, sarampo, entre outros.
Máscaras inteligentes
“A máscara poderá ser usada até em aeroportos, quando passamos pela segurança, ou enquanto esperamos para entrar em um avião. Nós podemos usá-la para ir trabalhar. Hospitais podem usar para pessoas em salas de espera, ou para avaliar quem está infectado”, declarou Jim Collins, do MIT, ao site Business Insider.
De acordo com Collins, o projeto está “no começo”, mas ainda assim apresenta resultados satisfatórios. Inclusive, nas últimas semanas, a equipe de pesquisadores vêm testando o objeto para verificar se é capaz de detectar o novo coronavírus via saliva. A expectativa é comprovar que a teoria possui êxito também na prática já nas “próximas semanas”.
Os sensores de identificação necessitam de duas informações para serem ativados, a umidade e a sequência genética do vírus. A umidade, conseguida pela saliva por exemplo, é congelada no tecido da máscara e pode apresentar estabilidade na temperatura ambiente durantes meses.
Em janeiro, um laboratório em Xangai sequenciou o genoma do coronavírus. A partir disso, a máscara será desenvolvida e, assim que for usada, poderá detectar o novo coronavírus no prazo de um a três horas de uso. Os testes de Covid-19 têm levado o prazo de 24 horas ou mais para obter o resultado.
Os acessórios podem ser outra alternativa aos termômetros, tendo em vista que eles não identificam os pacientes considerados assintomáticos.
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