Anglicanismo é uma doutrina protestante, criada no século XVI, pelo então rei inglês Henrique VIII. Tal religião surgiu após algumas insatisfações do rei em relação às decisões tomadas pela Igreja Católica.
Resumo
O anglicanismo surgiu de acordo com os interesses da Coroa Britânica. A monarquia Tudor buscava fortalecer a autoridade da Coroa.
Nessa época a Igreja Católica possuía grande influência na sociedade. Grande parte do seu poder partia do fato dela ter a posse de uma ampla extensão territorial.
O rei Henrique VIII desempenhou uma importante função no que concerne à consolidação da reforma religiosa. Ele e a Igreja Católica começaram a estabelecer uma relação pouco amistosa.
Em 1527, o rei inglês ordenou que a Igreja cancelasse seu casamento com Catarina de Aragão, rainha da Espanha.
A justificativa para o desenlace, de acordo com Henrique VIII, consistia no fato de a rainha não conseguir procriar um herdeiro saudável e forte.
O então papa, Clemente VII, não atendeu ao pedido do rei, pois o tio de Catarina de Aragão, o rei Carlos V, estava ajudando a Igreja Católica a combater o avanço do luteranismo no Sacro Império Romano Germânico.
Revoltado com desinteresse do papa diante a sua questão, Henrique VIII determinou que o parlamento votasse diversas leis que colocavam o Estado em uma posição superior à da Igreja Católica e, assim, ela passou a ser controlada pela Coroa Britânica.
Em 1534, é criada a Igreja Anglicana no Ato de Supremacia, um decreto assinado pelo parlamento inglês.
De acordo com a nova Igreja, o rei seria a principal figura religiosa, capaz de designar os cargos eclesiásticos.
Assim, além de se casar com Ana Bolena, Henrique VIII expropria e vende as terras da Igreja Católica. Tal ação fez com que os fazendeiros, nobres e burguesia mercantil tivessem maior influência política.
Durante o governo de Elizabeth I (1558–1603), foram realizadas novas medidas que reafirmaram a autoridade da Igreja Anglicana.
Incorporaram-se alguns aspectos do protestantismo e a liturgia do catolicismo. Assim, a Coroa visava impossibilitar possíveis conflitos religiosos em seu território.
Elizabeth I assinou, ainda, o Segundo Ato de Supremacia que reiterava a autonomia religiosa inglesa.
Luteranismo e calvinismo
Para o luteranismo, a salvação é conquistada por meio da fé e das atitudes do indivíduo.
Já o calvinismo acredita na Doutrina da Predestinação, que prega que o destino de cada pessoa já é determinado por Deus.
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