Bolsonaro alega apurar se há erro do governo no Enem ou sabotagem
Em mais um episódio do Enem 2019, presidente afirma que vai verificar se houve falha humana, do governo ou possível sabotagem em processo seletivo.
Na última terça-feira, 28, o presidente Jair Bolsonaro relatou que irá realizar a apuração para verificar se o erro na correção das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 foi do governo ou humana, além de possível sabotagem.
Nas palavras de Bolsonaro, o processo é nebuloso. “Enem tá complicado. Eu tô conversando com ele [ministro da Educação, Abraham Weintraub], tá? Para ver se foi alguma falha nossa, falha humana, sabotagem, seja lá o que for. Temos que chegar no final da linha e apurar isso daí. Não pode acontecer isso”.
Ainda na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente diz não querer se precipitar quanto ao ocorrido. “Acho que todas as cartas estão na mesa. Não quero dizer que é isso, tá certo, para querer se eximir, talvez, de responsabilidade que seja nossa. Não sou dessa linha. Eu quero realmente é apurar e chegar no final da linha para falar com propriedade. Se for nossa, assume. Se for de outros, mostra com provas o que houve”, argumenta.
Falhas no Enem 2019
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, alega ter ocorrido “inconsistências” na divulgação da nota de 5.974 exames. O número representa 0,15% do total de 3,9 milhões de candidatos que realizaram as provas nos dias 3 e 10 de novembro.
Contudo, o erro só foi identificado depois dos questionamentos e relatos dos estudantes nas redes sociais, ao perceberam a discrepâncias entre as notas e o aumento no ponto de corte do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Após isso, o ministro da educação reconheceu o erro, mas assegurou que os problemas tinham sido sanados.
Ainda, na última sexta-feira, 24, a Justiça de São Paulo solicitou que o governo comprove que todas as falhas na correção do Enem 2019 tenham sido solucionados.
Sisu 2020
Segundo cronograma inicial do Sisu 2020, o resultado dos estudantes aprovados seria divulgado hoje, 28 de janeiro. Entretanto, a justiça mantém a liminar que permanece suspensa a divulgação.
No último domingo, 26, a desembargadora Therezinha Cazerta negou o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para derrubada da decisão. Com isso, o resultado do Sisu continua suspenso até o momento.
*Com informações do Metrópoles
Leia também: Sisu oferta 237.128 vagas, em 128 instituições públicas de ensino superior
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.