Brasil quer se aliar à NASA para combater desmatamento na Amazônia; entenda como

O governo brasileiro propôs à Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) uma parceria para criar um satélite, com o objetivo de monitorar atividades suspeitas na floresta Amazônica.

Em uma reunião realizada no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, propôs ao administrador da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), Bill Nelson, uma parceria entre Brasil e EUA.

Essa contribuição visa desenvolver novos satélites e tecnologias aeroespaciais para ampliar o monitoramento do desmatamento na floresta amazônica.

No encontro estavam presentes também o diretor do INPE, Clezio Nardin, e o presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antonio Chamon.

Colaboração entre países

A visita do representante da NASA ao Brasil teve o objetivo de expandir a colaboração para monitorar a floresta amazônica com ações de preservação. Durante a estadia, Nelson se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília.

A ministra explicou que a proposta da NASA é fornecer ao Brasil acesso aos dados de satélites ainda em fase de lançamento. Além disso, o país propôs desenvolver em conjunto novas iniciativas para observar a Amazônia.

Atualmente, esse monitoramento é realizado pelos satélites de sensoriamento remoto CBERS e “Amazonia 1”, este último sendo um projeto totalmente brasileiro.

(Imagem: Divulgação)

O INPE trabalha na elaboração de uma nova tecnologia chamada Radar de Abertura Sintética (SAR). Tal recurso permitirá a geração de dados em qualquer condição climática, além de observações através de nuvens, algo essencial para a região amazônica.

Oferta da NASA

De acordo com Bill Nelson, a NASA propõe oferecer ao Brasil acesso aos dados de dois satélites ainda em fase de lançamento. Um desses satélites, projetado em parceria com a Índia, tem previsão para ser lançado no mês de janeiro.

O equipamento será capaz de “enxergar” por entre a copa das árvores, identificando, por exemplo, queimadas na vegetação rasteira que podem afetar as árvores maiores.

O diretor do INPE, Clezio Nardin, afirmou que avalia a proposta da NASA e que a contraproposta brasileira envolve desenvolver em conjunto um satélite, a fim de melhorar o monitoramento da região e os esforços de conservação ambiental.

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