CHOCANTE: cientistas afirmam que o núcleo da Terra é como "um planeta dentro do outro"; entenda
Ao que tudo indica, o núcleo terrestre não é simplesmente uma bola quente e uniforme como pensávamos.
Há muito tempo, os cientistas debatem sobre como seria o núcleo da Terra. A teoria mais disseminada era de que se tratava de uma estrutura sólida, uniforme e quente. No entanto, pesquisas recentes mostraram que a realidade não é bem como pensávamos.
Um estudo realizado pela Universidade de Utah, nos Estados Unidos, e apoiado pela Fundação Nacional de Ciências do país, aprofundou-se em observar as informações que temos até agora sobre o núcleo da Terra.
Para isso, começaram a ouvir, monitorar e analisar estrondos e ondas sísmicas dos terremotos. Assim, poderiam obter uma melhor compreensão de como funciona o interior do nosso planeta.
Imperfeito
Outra pesquisa recente, dessa vez da Universidade de Cornell, liderada por Guanning Pang, mostrou que o núcleo da Terra se assemelha mais a um extenso papel de parede.
Conforme o artigo publicado na revista “Nature”, a estrutura possui texturas e formas variadas. Portanto, não tem nenhuma semelhança com a “bola metálica” que costumeiramente imaginamos ser.
A Universidade de Utah conseguiu comprovar que, realmente, o núcleo não é igual em todos os lugares e está se esforçando para examinar a estrutura mais de perto ou conseguir uma imagem. “É um trabalho complicado, mas há progresso”, comentou o cientista Keith Koper, que faz parte desta pesquisa.
“É como um planeta dentro de um planeta”
A Universidade de Utah está utilizando estrondos e ondas sísmicas para entender melhor o funcionamento do núcleo da Terra, conforme foi mencionado. Este método se mostra o mais eficaz para o estudo, pois, ao contrário do restante do planeta, o núcleo não é visível.
Portanto, a melhor forma de mapeá-lo é por meio das ondas sísmicas dos terremotos, já que elas se propagam da crosta do planeta e vão vibrando até o núcleo.
O estudo de Pang, que também analisou as ondas sísmicas, mostrou que há variações entre as rotações da Terra e seu núcleo. Koper partiu deste ponto.
“É como um planeta dentro de um planeta, que tem sua própria rotação e está desacoplado por este grande oceano de ferro fundido”, comentou o pesquisador da Universidade de Utah.
Para isso, a equipe de Koper analisou dados sísmicos de 20 conjuntos de sismômetros de todos os cantos do mundo, até mesmo na Antártica.
Essas estruturas são colocadas a até 10 metros de profundidade, em formações de granito. Elas focalizam os sinais que recebem, como se fossem pequenas antenas parabólicas.
Esses dados ainda vão nos fornecer muitas respostas sobre o núcleo da Terra. Por exemplo: quando a estrutura começou a se solidificar, quão heterogênea ela é e, principalmente, vão nos dar uma ideia imagética de como é o interior do planeta.
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