Conflito atual entre Estados Unidos e Coreia do Norte
Saiba mais sobre o atual conflito entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.
O conflito atual entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos segue ameaçando a estabilidade mundial.
Em junho de 2018, os dois líderes dos países em questão, Kim Jong-un e Donald Trump se encontraram em Singapura. Neste mesmo ano, o governo norte-coreano interrompeu seus testes balísticos.
Em fevereiro de 2019, houve um segundo encontro entre os líderes que terminou sem um desfecho positivo e nenhum tratado assinado.
Em dezembro de 2019, o líder norte-coreano anunciou que não suspenderia mais os testes de mísseis de longo alcance em razão da ausência de ações concretas do governo dos Estados Unidos.
Em maio de 2019 e março de 2020, o líder norte-coreano voltou a permitir o lançamento de mísseis a curto alcance e, em outubro de 2020, durante um desfile militar na capital norte-coreana, foi apresentado um míssil gigantesco de proporções intercontinentais.
Em junho de 2020, o chanceler norte-coreano, Ri Son Gwon, afirmou que não existem mais esforços para melhorar as relações diplomáticas entre os dois países: “o que antes era esperança, se transformou em desesperança”.
Vejamos a origem do conflito entre os Estados Unidos e Coreia do Norte, que remonta desde a Guerra da Coreia (1950-1953), motivada pelas diferenças ideológicas entre as duas nações.
Contexto histórico
O imperialismo japonês invadiu a península coreana em 1910 e, de lá, explorou as matérias-primas e a força de trabalho dos coreanos. A colonização deste território foi repleta de violência e exploração.
Após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a eclosão da Guerra Fria, a Coreia se tornou um dos cenários deste conflito, sendo dividia a partir do Paralelo 38.
A partir de então, a região norte da península passou a ser influenciada pela União Soviética (socialismo) e a região sul, passou a ser dominada pelos Estados Unidos (capitalismo).
Guerra da Coreia (1950-1953)
Em 1948 é fundado o novo país, a República Popular Democrática da Coreia do Norte, com a capital em Pyongyang.
Em 1950, os norte-coreanos afirmam que os sul-coreanos ocuparam sua fronteira e, por isso, eles invadem a Coreia do Sul, que é praticamente tomada pela Coreia do Norte.
No entanto, uma intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU), comandada pelos Estados Unidos, consegue expulsar os norte-coreanos da Coreia do Sul.
Iniciava-se, portanto, a Guerra da Coreia que durou três anos. Essa guerra contou com cerca de três milhões de mortos e muita destruição.
Por meio de um armistício, as fronteiras que dividem os dois países retornaram ao Paralelo 38. Como não houve um tratado de paz encerrando o conflito, ele não teve um fim oficial, apenas um cessar-fogo.
A Coreia do Norte e a Coreia do Sul estão separadas por uma zona desmilitarizada, com uma largura de 4km.
Dinastia na Coreia do Norte
Ao fim da guerra, a Coreia do Norte adotou um governo totalitarista apoiado no Partido dos Trabalhadores e no Exército. Assim, foi inaugurada a única dinastia comunista do mundo, os Kim.
A partir de então, a Coreia do Norte se fechou para o mundo, recebendo apoio somente da China de Mao Tsé-Tung e da União Soviética.
Estima-se que, atualmente, o país possua entre 80 a 100 mil prisioneiros políticos, além de uma população de 22 milhões de habitantes.
O atual governante do país, Kim Jong-un, sustenta uma política interna arbitrária e uma política externa agressiva, focada em ameaças constantes de ataques.
Testes nucleares na Coreia do Norte
Em 1968, a Coreia do Norte, junto a outros Estados, assinou o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares se comprometendo a se alinhar com o desarmamento nuclear.
No entanto, em 2003, os norte-coreanos decidem se retirar do Tratado e, em 2006, realizam seu primeiro teste nuclear subterrâneo.
Em 2009, foi lançado um míssil de longo alcance que tinha o objetivo de atingir o território dos Estados Unidos, contudo, o lançamento não teve sucesso.
A ascensão de Kim Jong-un ao poder como líder supremo, em 2011, garantiu a manutenção dos testes militares.
Em 2012, simularam mais armas nucleares e, em 2017, foi lançado um míssil de longo alcance. Dessa vez, o lançamento teve êxito.
Tais ações causam preocupação no mundo todo, principalmente nos países vizinhos, além dos Estados Unidos.
Encontros entre Kim Jong-un e Donald Trump
O então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, tiveram um encontro em junho de 2018 na cidade-estado de Singapura.
Essa reunião foi histórica, pois foi a primeira vez que ambos os líderes se encontraram pessoalmente. Contudo, ela foi apenas a primeira etapa de um longo processo de desnuclearização e paz. Prazos para o cumprimento do acordo entre as nações não foram estipulados.
Em fevereiro de 2019, Trump e Kim Jong-un voltaram a se encontrar, desta vez na cidade de Hanói, Vietnã.
Nessa reunião, o então presidente estadunidense afirmou que só acabaria com as sanções econômicas se o líder norte-coreano destruísse todo o seu arsenal nuclear. Kim Jong-un não concordou e o encontro terminou antes do previsto, sem nenhum acordo firmado.
No mesmo ano, o governante da Coreia do Norte recomeçou os testes de lançamentos de mísseis e, em outubro de 2020, foi apresentado um míssil enorme com proporções intercontinentais, em um desfile militar na cidade de Pyongyang.
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