EUA pede rapidez na aprovação de remédio que pode combater coronavírus

Os resultados satisfatórios do uso da hidroxicloroquina em testes contra o coronavírus levaram o governo dos EUA a pedir que acelerem a aprovação do remédio.

O pronunciamento feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira, 19 de março, levou o mundo a interpretar que eles tinham descoberto a cura para o novo coronavírus, o que não ocorreu.

Fato é que, sustentado em um estudo feito na China, onde foi observado que os medicamentos hidroxicloroquina e remdesivir apresentaram resultados satisfatórios na luta contra o coronavírus, o governo americano solicitou aceleração nos testes e possível aprovação pela FDA (Food and Drugs Administration), órgão similar a Anvisa no Brasil.

Na ocasião, Stephen Hahn, um dos membros da FDA, afirmou que o uso do fármaco ainda está em período de testes, para verificar como ele funciona e qual a dosagem deve ser empregada contra a doença.

A hidroxicloroquina já é empregue no tratamento da malária e passa por processo de experimentação contra a Covid-19 na França.

Coletiva de imprensa

Na coletiva de imprensa, Trump afirmou que logo qualquer pessoa poderá comprar o remédio, se possuir receita médica. A hidroxicloroquina também pode ser entregue nos hospitais e em consultas.

“Os médicos vão distribuir o medicamento, os Estados também, vai ser excelente. Esse pode ser ou não o momento da virada”, argumentou Trump.

“Estados individuais lidam com isso, médicos lidam com isso, acho que vai ser ótimo”, completou Trump. Vale destacar que a droga continua em fase de estudos. Desse modo, como diz o presidente, “poderia ser um divisor de águas, e talvez não”.

Para o governo dos EUA, os benefícios da administração de um fármaco já existente é saber que ele foi testado e aprovado. “Se você começa a desenvolver uma droga do zero, não sabe o que vai acontecer.”

No entanto, o uso do medicamento já tinha sido proposto por outros nomes importantes, tais como Elon Musk, presidente da Tesla, e Bill Gates, fundador da Microsoft.

Quarentena nos EUA

Com a disseminação de casos de coronavírus nos Estados Unidos, mais de 10 mil casos confirmados e 150 mortes, o governo americano diz que só poderá dizer “no décimo quarto dia” se o isolamento social de 15 dias será estendido.

Trump alegou que as regiões mais atingidas pela doença estão “trabalhando duro para fazer a quarentena” e que o “governo está se movimentando rapidamente para oferecer mais trabalho remoto”.

Corrida para criação de vacina

Stephen Hahn, da FDA, relatou que os testes da vacina devem possibilitar o seu uso em até 12 meses. Segundo Trump, esse é um foco da FDA.

O produto para imunização foi desenvolvido pela farmacêutica Moderna, que desde o anúncio de Hahn teve as suas ações elevadas em mais de 20%, como levanta o site de notícias Bloomberg.

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