Fibrilação atrial – O que é, causas, sintomas e tratamento
Por se tratar de um tipo de arritmia cardíaca, a fibrilação atrial, estimula a formação de coágulos que podem gerar um infarto ou AVC.
Com uma incidência de 2,5% da população mundial, o equivalente a 175 milhões de pessoas, a fibrilação atrial é a segunda maior causa de mortes em tudo mundo.
Além disso, tem por principal consequência o aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame.
Apesar de estar associada com o avanço da idade, acometendo, sobretudo sobre a população na faixa dos 75 a 80 anos de idade, a condição também acomete jovens, principalmente em função de seu estilo de vida.
O que é fibrilação atrial?
A fibrilação atrial é um tipo de arritmia cardíaca, caracterizada pelo rápido e irregular ritmo dos batimentos cardíacos. Isso ocorre em função de irregularidades na transmissão de impulsos elétricos que coordenam as batidas do peito, o que faz com que o coração dispare de repente.
Esta condição ocorre quando as câmaras superiores do coração, chamadas de átrios, não se contraem em um ritmo sincronizado, e tremulam ou “fibrilam”.
A fibrilação atrial pode ter diferentes durações ou intervalos, sendo classificada em três tipos. Sendo elas:
Paroxística – com uma duração de poucos segundos a alguns dias, esta, para por si só.
Persistente – já a persistente, não para espontaneamente, mas é possível que seja interrompida se for corretamente tratada.
Permanente – presente em todos os momentos, mas nem sempre há necessidade médica de revertê-la.
Causas
As causas da fibrilação atrial não são tão claras e específicas. É comum que em alguns casos a origem da condição seja advinda de uma anormalidade cardíaca de nascimento ou danos à estrutura do coração em função de um ataque cardíaco (infarto) ou problema em alguma válvula cardíaca.
Pessoas mais velhas e com uma disfunção cardíaca prévia estão mais sujeitas à fibrilação atrial. Mas isso não significa que ela não acometa jovens, já que muitos de seus fatores de risco estão relacionados ao estilo de vida. Sedentarismo, tabagismo e obesidade, por exemplo, aumentam o risco do desenvolvimento da doença.
Fatores de risco
Como dito anteriormente, certos fatores podem aumentar o risco de desenvolver fibrilação atrial, incluindo:
- Tabagismo;
- Sedentarismo;
- Sobrepeso;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Apneia do sono e ronco;
- Hipertensão;
- Diabetes;
- Estresse.
Sintomas da fibrilação atrial
Tendo em vista que um coração com fibrilação atrial não bate da forma adequada, não sendo capaz de bombear sangue suficiente para o corpo, tem-se como sintomas:
- Palpitações no coração, que duram de segundos a semanas;
- Queda de pressão;
- Fadiga;
- Falta de ar;
- Desmaios;
- Enjoos e vertigem,
Diagnóstico
Após checar os sintomas do paciente, o médico deve pedir um eletrocardiograma. Este, é usado para avaliar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto, permitindo ao médico identificar arritmias cardíacas (alterações do ritmo do coração) e distúrbios na condução elétrica deste órgão.
Caso as palpitações forem esporádicas, isto é, ocorram de vez em quando, também é recomendável o uso de um monitor portátil, que mede o ritmo cardíaco por longos períodos.
Tratamento
O tratamento da fibrilação atrial, varia de acordo com seu objetivo, sendo possível: reverter a fibrilação, controlar a frequência cardíaca e impedir a formação de coágulos dentro dos átrios.
Em casos mais graves, é preciso choques elétricos ou medicamentos com o intuito de restabelecer o ritmo cardíaco normal.
Os procedimentos mais usuais nessa situação são cardioversão, realizada com um aparelho que provoca choques, semelhante ao que é feito em alguns casos de parada cardíaca; drogas anticoagulantes, com o intuito de impedir a formação de coágulos sanguíneos; ablação cirúrgica, para criar lesões que bloqueiem os circuitos elétricos anormais que causam a fibrilação atrial; e medicamentos diários para normalizar os batimentos e evitar novos episódios da fibrilação.
Prevenção
Para evitar essa condição, é importante adotar um estilo de vida saudável para o coração e, assim, reduzir o risco não só da fibrilação atrial, mas também de várias doenças cardíacas. Os hábitos a serem adotados, incluem:
- Manter dieta saudável para o coração;
- Aumentar sua atividade física;
- Evitar fumar;
- Manter um peso saudável;
- Limitar ou evitar cafeína e álcool;
- Reduzir o estresse ou raiva intensa , já que são causadoras de problemas no ritmo cardíaco.
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