Guerra da Argélia

A Guerra da Argélia foi um conflito travado entre a Argélia e a França, no período de 1954-1962. O conflito ocorreu devido ao anseio argelino de se tornar independente do país europeu.

A Guerra da Argélia teve seu início no ano de 1954 e terminou em 1962. Foi um conflito sangrento, que causou milhares de mortes, refugiados e o êxodo de milhares de pessoas.

Foi uma guerra civil em favor da independência do país, que foi colônia francesa por mais de 130 anos.

Contexto histórico

A França se estabeleceu no território correspondente à Argélia, de 1830 ao longo do século XIX ocupou o continente africano.

A Conferência de Berlim permitiu que o país europeu ocupasse um território vasto do norte da África.

Contudo, depois da Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) passa a pressionar as potências europeias para acabarem com o colonialismo.

A França, assim como outros países europeus, terminaram a Segunda Guerra com a economia, política e sociedade enfraquecida.

Resumo

Os principais partidos revolucionários argelinos eram a Frente de Libertação Nacional (FLN) e o Movimento Nacional Argelino (MNA).

Os dois queriam a independência da Argélia, porém, eles viviam uma divergência entre si, conflitando-se durante quase toda a guerra.

A Frente de Libertação Nacional (FLN) toma a frente da luta pela independência da Argélia.

Em novembro de 1954, ocorrem vários atentados terroristas feitos pela FLN. Foi o início do conflito entre a França e a Argélia.

A França envia cerca de 400 mil soldados para o país. Essa ação gera revolta nos franceses, pois eram praticamente os mesmos jovens que guerrearam no conflito contra a Indochina.

Já a situação na Argélia se torna dividida, pois parte da população apoiava a colonização francesa e a outra parte ansiava pela independência do território.

Essa guerra foi caracterizada por ataques terroristas em massa, tanto do lado francês quanto do lado argelino, além de torturas praticadas pelos franceses.

Tais práticas foram encobertadas da sociedade francesa, que era contra tal violência. Dessa maneira, vários jornais e meios de comunicação franceses foram censurados pelo governo nesse período, com a intenção de esconder da população o que de fato ocorria na guerra.

Conflito

Em 1958, o general De Gaulle foi convocado para comandar o conflito. Ele era uma personalidade muito conhecida na França por ter comandado o exército francês durante a Segunda Guerra Mundial.

No mesmo ano, De Gaulle visita a Argélia e cede aos anseios dos argelinos. Funda-se, então, provisoriamente a República da Argélia. Contudo, os conflitos permanecem.

Diversos colonos franceses se sentem prejudicados pelo general e criam a Organização do Exército Secreto (OAS), de tendência terrorista de extrema-direita. Praticam atentados contra a França e a Argélia.

No ano de 1961, a OAS e um grupo de generais franceses (contra a França) tentam tomar o poder na Argélia. A ação não tem sucesso.

Como a população francesa não apoiava o conflito, De Gaulle, por meio de um referendo popular, negocia a paz com o governo da República da Argélia.

Fim da guerra

O Acordo de Evian promoveu o fim da guerra na Argélia, em 1962.

No mesmo ano foi proclamada a República Democrática e Popular da Argélia, em que Ahmed Ben Bella, representante da Frente de Libertação Nacional (FLN), foi conduzido à presidência do país.

Curiosidades

Existe um filme que se chama A Batalha de Argel, dirigido pelo diretor ítalo-argelino Gillo Pontecorvo, em que a Guerra da Argélia é retratada.

O jogador da seleção francesa, Karim Benzema, de origem argelina, não cantou o hino da França na Copa do Mundo no Brasil em 2014 como forma de manifesto contra letra, que é considerada por muitos como xenófoba (repulsa aos estrangeiros).

Com isso, muitos descendentes de colonos franceses argelinos não se identificam com a França ou não se sentem bem-vindos no país.

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