'Hidrogênio branco' encontrado na França pode SALVAR o mundo; entenda como
Em busca de combustíveis fósseis, pesquisadores acabaram descobrindo um imenso depósito de hidrogênio que promete transformar a indústria energética.
Dois pesquisadores na França, Jacques Pironon e Phillipe De Donato, estavam em busca de metano no subsolo quando, usando uma sonda avançada, detectaram baixas concentrações de hidrogênio. À medida que se aprofundavam, encontravam mais hidrogênio – chegando a 20% em 1.250 metros de profundidade.
Estimativas sugerem que o local da mineração pode abrigar de 6 milhões a 250 milhões de toneladas métricas de hidrogênio. Entenda porque essa descoberta pode salvar o mundo!
O que é hidrogênio branco?
Conhecido também como hidrogênio natural ou geológico, o hidrogênio branco, a variedade encontrada por Pironon e De Donato, é uma possível fonte de energia limpa. Ao ser queimado, libera apenas água, tornando-se uma alternativa para setores que demandam muita energia.
Mesmo sendo o elemento mais abundante, seu acesso comercial ainda é desafiador, pois muitas vezes está ligado a outras moléculas, e sua produção pode ser cara.
Aumento do interesse global
Geoffrey Ellis, do Serviço Geológico dos EUA, revelou que, anteriormente, ele acreditava que grandes acumulações de hidrogênio natural eram impossíveis.
No entanto, uma descoberta em Mali mudou essa percepção. Em 1987, um poço de água explodiu devido ao hidrogênio e, mais tarde, a aldeia usou esse gás para suas necessidades. A informação chamou a atenção de vários pesquisadores.
O futuro do hidrogênio branco
Existem diferentes formas de produzir hidrogênio. A mais promissora para o clima é a produção através de energias renováveis, mas ainda é cara e feita em pequena escala.
O interesse pelo hidrogênio branco cresce por ser uma fonte potencialmente abundante e mais barata. Descobertas de depósitos têm ocorrido em diversos lugares do mundo.
Startups veem potencial no gás
Empresas emergentes como a Gold Hydrogen, da Austrália, e a Koloma, de Denver, estão investindo na pesquisa de hidrogênio branco. Koloma, por exemplo, conseguiu um investimento de US$ 91 milhões de financiadores, incluindo a empresa de Bill Gates.
O grande desafio é transformar as descobertas e as pesquisas em realidade comercial. Geoffrey Ellis acredita que o processo pode levar tempo, com várias tentativas e erros. No entanto, há otimismo, e alguns acreditam que a tecnologia necessária já existe, apenas com pequenas modificações pendentes.
Voltando à França
Na região da bacia da Lorena, os planos são de perfurar até 3.000 metros para entender melhor a quantidade de hidrogênio disponível.
Seria realmente interessante se uma região, que já foi um dos maiores produtores de carvão da Europa, se transformasse no coração de uma nova indústria de hidrogênio.
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