Incrível: inteligência artificial encontra ancestral ‘fantasma’ dos humanos
Usando a inteligência artificial, cientistas descobriram detalhes sobre esta espécie ancestral que cruzou com humanos há milhares de anos. Veja detalhes.
Apesar de já termos bastante conhecimento acumulado ao longo dos anos, boa parte da nossa história ainda é um mistério. Cientistas e antropólogos começaram a utilizar o que há de mais moderno de tecnologia, como a inteligência artificial, para obter informações sobre um ancestral perdido na linha do tempo dos seres humanos.
Leia mais: Por que o uso do termo pré-história é questionado?
Um estudo de 2019 utilizou a inteligência artificial (IA) para vasculhar dados da história dos humanos e identificou um ancestral “fantasma” que até então era desconhecido. Acredita-se que esta espécie se encontrou e, possivelmente, se relacionou com os humanos modernos no deslocamento para fora da África há muitos e muitos anos.
Informações sobre o ancestral “fantasma”
Conforme os humanos modernos saíram da África em direção a outros continentes, como a Eurasia, passaram a se relacionar e a ter descendentes com outras espécies mais antigas. Até muito recentemente, cientistas acreditavam que eles se relacionavam apenas com neandertais e denisovanos, contudo o uso de IA mostrou que havia um terceiro parceiro sexual nesta questão.
Para este estudo, os pesquisadores usaram uma técnica de estatística chamada inferência bayesiana. O método consiste na avaliação de hipóteses pela máxima verossimilhança, uma decorrência imediata da fórmula de Bayes. Dessa forma, os cientistas encontraram evidências sólidas acerca deste ancestral “fantasma”.
Acredita-se que seja uma espécie muito arcaica. Há duas hipóteses sobre o seu surgimento: a primeira é de que tenha surgido a partir da relação entre neandertais e denisovanos enquanto a segunda aponta que pode ter surgido bem no início da evolução dos denisovanos.
Há a possibilidade de que este ancestral esteja ligado de alguma forma ao fóssil híbrido de uma adolescente encontrada em 2018, no entanto ainda não há dados concretos para bater o martelo sobre o assunto.
Uso de IA na antropologia
Utilizar técnicas tão avançadas para as pesquisas sobre ancestrais humanos ainda é algo recente. Além disso, não há um número grande de fósseis descobertos, ou seja, a matéria-prima para a pesquisa é escassa.
Para ter resultados mais concretos, os cientistas precisam de uma alta divergência de genomas; entretanto, uma coisa é certa: cada novidade sobre o tópico é uma explicação do porquê somos o que somos hoje.
Comentários estão fechados.