Ku Klux Klan

A Ku Klux Klan é uma organização supremacista branca que persegue e mata, principalmente, pessoas negras.

O que é Ku Klux Klan? A Ku Klux Klan é uma organização formada por pessoas supremacistas brancas que se reúnem em torno da bandeira da segregação racial e da convicção da superioridade da raça branca.

Surgiu nos Estados Unidos depois da Guerra de Secessão com o objetivo de perseguir, espancar e matar pessoas negras. Ficaram conhecidos pelas suas vestimentas e pela sua intolerância principalmente contra o povo negro.

Fundada na década de 1860, a organização chegou a possuir milhares de adeptos. Existe até hoje, entretanto, com menos pessoas.

Resumo

A Ku Klux Klan, também chamada de KKK ou simplesmente Klan, é um grupo terrorista formado nos Estados Unidos em 1866, após a Guerra de Secessão. Essa organização defende a supremacia branca, isto é, apoiam a ideia de que os brancos são superiores aos demais, além de promover o ódio contra os negros.

O KKK surgiu com o objetivo de hostilizar os negros e os que os defendiam. Foi responsável por praticar os mais variados atos de violência contra eles, como: incendiar suas casas, espancar, enforcar e perseguir.

Os integrantes da organização utilizavam uma vestimenta branca que possuía um símbolo de cruz. O Ku Klux Klan é um grupo bastante enfraquecido atualmente.

Membros da Ku Klux Klan (Photo by Henry Guttmann/Getty Images).

Ideologia

A Klan surgiu com base na ideologia da supremacia branca. A partir do fim da Guerra de Secessão, os Estados Unidos viveram um período conhecido Reconstrução, que compreendeu os anos entre 1865 a 1877.

A partir de então, surge a Ku Klux Klan, com uma postura contrária às leis que estavam sendo discutidas em prol dos afro-americanos. Ficou conhecida pelo racismo, preconceito e perseguição aos negros do Sul dos Estados Unidos.

Além de perseguir, espancar e matar pessoas negras, muitas vezes suas vítimas também eram pessoas brancas que defendiam os direitos civis dos negros. É considerado um movimento da extrema-direita.

Atuação

Ao longo de sua história, o Ku Klux Klan possuiu três fases de atuação:

Primeira fase

A primeira fase da organização ocorreu entre o período de 1865 até por volta de 1871. Formado após a Guerra de Secessão, o grupo promoveu atos violentos contra os negros do Sul dos Estados Unidos e aqueles que defendiam os direitos dos negros recém libertos.

Em 1871 é decretada uma lei contra o Ku Klux Klan, chamada de Klan Act, ou Lei de Execução de 1871, ou Lei Ku Klux Klan, ou Terceira Lei de Execução, ou Lei da Força de 1871, que visava não só o combate da organização, mas o combate a todos os grupos supremacistas brancos. Tal ação encerrou a primeira fase.

Segunda fase

A segunda fase da Ku Klux Klan compreende a fase de 1915 até a década de 1940. Foi o período em que o grupo mais teve poder, influenciando politicamente alguns estados dos EUA e possuindo milhões de associados.

Nesse período a Klan chegou a ter cerca de quatro milhões de membros. O enfraquecimento da organização deveu-se principalmente a discussões internas pelo poder.

Terceira fase

A terceira fase da KKK se iniciou na década de 1950 junto ao crescimento do movimento negro estadunidense. A luta pelos direitos civis dessa população incomodou o grupo que atua até os dias atuais, concentrando sua atuação em ataques principalmente aos ativistas que lutam em favor dos direitos civis dos afro-americanos.

Contexto histórico

Ao fim da Guerra de Secessão, começa a vigorar o debate, principalmente por parte dos estados do Sul dos EUA, sobre o que fazer com os negros libertos. Com isso, a criação da Ku Klux Klan se relacionou com as transformações que a população que habitava o Sul do país enfrentava após a Guerra.

Uma das principais consequências da derrota dos estados do Sul foi a abolição da escravidão nos Estados Unidos. A partir de então, começou a vigorar o debate sobre a criação de direitos políticos e civis para a população negra recém liberta.

A população negra começou a se organizar em convenções, igrejas e jornais exigindo direitos civis. O período que compreendeu o início do ganho de direitos civis dos afro-americanos foi chamado de Reconstrução.

Essa fase foi marcada pela resistência dos sulistas brancos que não queriam garantir diversos direitos da população negra. Com isso, foram aprovadas leis que tiravam a liberdade dos negros de serem vistos como cidadãos.

Por outro lado, uma parcela do Congresso lutava pela ampliação dos direitos dessa parcela da sociedade. Foi nesse contexto de entraves que nasceu a Ku Klux Klan. O principal símbolo da organização é a vestimenta branca, a cruz e o capuz cônico da mesma cor.

O principal objetivo dessa roupa era impedir que os membros do grupo fossem vistos e identificados, além de cumprir o papel de intimidação às vítimas.

Origem e primeiros crimes

A Ku Klux Klan se originou na década de 1860, na cidade de Pulaski, estado do Tennessee, Estados Unidos. Formada por um grupo de veteranos da Guerra de Secessão inconformados com a abolição da escravidão.

O nome se origina da palavra grega kyklos que significa “círculo”, então surgiu as duas palavras Ku Klux. “Klan” faz referência aos clãs – modos de organização – para caracterizar o movimento como um grupo que privilegia apenas alguns.

Os ataques eram direcionados às igrejas, escolas e casas da população afro-americana. Diante das violências cometidas pela Klan, o Congresso americano promulgou algumas leis específicas (1871) visando combater os atos cruéis cometidos por essa organização.

Ressurgimento no começo do século XX

O século XX marcou o período de maior êxito da Ku Klux Klan. A organização expandiu seu leque de inimigos atingindo católicos e judeus. Adeptos dessas religiões também começaram a sofrer ataques violentos.

O grupo contou com cerca de quatro milhões de integrantes, abrindo espaço às mulheres que tinham interesse em se envolver no movimento. Foi nesse período que a cruz foi incluída como símbolo.

A Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial contribuíram para o enfraquecimento do grupo. Ao se posicionar ao lado dos aliados durante a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos se uniu aos países contrários às ideias totalitárias e extremistas.

A década de 1950 marcou o ressurgimento da organização que reagiu às leis que beneficiavam os negros dos Estados Unidos.

Anos 60

A década de 1960 foi marcada pelos ataques, por parte da Ku Klux Klan, aos que lutavam pelos direitos civis dos negros estadunidenses. A abolição das leis de segregação racial fez com que as ações da KKK se tornassem mais violentas.

O grupo passa por uma fase de reorganização em que cada Klan passa a ter autonomia para agir da forma como quisesse. Tal decisão enfraqueceu o movimento, entretanto, garantiu a sobrevivência do mesmo até o século XXI.

Ku Klux Klan hoje

Existe uma média de 29 grupos diferentes que afirmam serem resquícios da Ku Klux Klan original. Possuem de quatro a dez mil associados. Essas organizações competem entre si por espaço na mídia, adeptos e doações.

Atualmente eles não escondem o rosto, pois a Constituição dos Estados Unidos garante a liberdade de expressão. Por isso, publicam em revistas, sustentam sites e promovem congressos.

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