Conheça as medidas inusitadas adotadas pelos países para conter o coronavírus
Policiais vestidos de coronavírus e banição do termo coronavírus das publicações são algumas das ações executadas pelos países para conter o vírus.
A pandemia do novo coronavírus tem influenciado todas as áreas do mundo, isso após a grande quantidade de casos e de mortes. Tendo origem na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019, rapidamente o vírus se espalhou, tornando-se até mesmo uma reflexão de ameaça à globalização.
Inclusive, algumas teorias da conspiração foram criadas sobre a doença e ainda há aqueles que não acreditam na sua existência, mesmo diante dos fatos. Entretanto, em meio ao conflito de ideias, os países, estados e cidades têm adotado medidas emergenciais rígidas para conter a disseminação da Covid-19.
De isolamento social, fechamento dos comércios e suspensão das atividades consideradas não essenciais, até as ações mais atípicas que você possa imaginar, os países têm se articulado e movimentado no combate ao vírus.
Veja a seguir algumas medidas inusitadas adotadas pelos países contra o coronavírus!
Índia
O governo da Índia, que possui cerca de 1,3 bilhão de habitantes em quarentena, está se empenhando para frear a disseminação de fake news, potencializando os alertas contra a desinformação e desmistificando as notícias falsas, que são um desserviço a população.
Inclusive, a Índia solicitou às redes sociais Facebook e TikTok que removam os usuários que promovem a propagação de informações falsas sobre a doença.
Além disso, os policiais estão se caracterizando como o novo coronavírus para alertar a população dos riscos em descumprir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ficar em casa, no isolamento social.
Policiais #coronavírus' pedem às pessoas para ficarem em casa na #Índia #DistanciamentoSocial pic.twitter.com/uDIWhTWotR
— Reuters Latam (@ReutersLatam) April 7, 2020
No vídeo divulgado pela agência de notícias Reuters, os profissionais da segurança pública usam capacetes com espetos similares ao formato microscópico do coronavírus, visando circular pelas ruas e orientar os moradores.
Ainda que o vírus não possa ser visto a olho nu, a iniciativa da polícia tem o intuito de voltar os olhares para a grande dimensão do problema.
Filipinas
Nas Filipinas a atitude é mais agressiva, já que o presidente Rodrigo Duterte delegou à polícia e aos militares que usem das armas e agrida aqueles que violarem as regras de isolamento.
“Minha ordem para a polícia e os militares foi, se houver problemas, se houve ocasião em que eles revidem e em que suas vidas estejam em perigo, atire neles para matar. Entendido? Para matar. Em vez de causar problemas, eu vou enterrá-lo”, exclamou o presidente ao pronunciar-se para a televisão.
Duterte salienta que é imprescindível que todos contribuam com as medidas de isolamento, pois a iniciativa visa retardar o contágio da Covid-19 e amenizar o colapso no sistema de saúde do país.
Belarus
Em Belarus, no Leste Europeu, o chefe de Estado tem tentado diminuir os riscos da doença. Segundo o líder Alexander Lukashenko, a pandemia seria uma espécie de “frenesi” e “psicose”.
“É apenas mais uma psicose, que beneficiará algumas pessoas e prejudicará outras. O mundo civilizado está pirando. É uma completa estupidez fechar as fronteiras. O pânico pode nos machucar mais do que o vírus em si”, afirmou.
Há 26 anos no poder, Lukashenko até então não adotou nenhuma medida severa para conter a propagação da Covid-19. Aliás, ele até diz que “ninguém vai morrer por causa do novo coronavírus no país”.
Durante entrevista ao jornal britânico The Times, a sugestão dada pelo líder era de que a população “envenene” o coronavírus bebendo vodca e higienizando as mãos com a bebida alcoólica. “Vocês deveriam beber o equivalente a 40-50 mililitros de álcool por dia. Mas não no trabalho”, alegou.
Além da bebida, o presidente de Belarus, sugere que frequentem saunas e pilotem caminhões para ajudar a combater o vírus.
Todavia, a equipe do Escola Educação destaca que não há comprovações científicas que essas iniciativas funcionem. A recomendação é seguir os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos especialistas, higienizar as mãos com álcool em gel e água com sabão, evitar aglomerações e, se possível, usar máscaras.
Turcomenistão
O ditador do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhamedov, no poder desde 2007, ordenou a banição do termo coronavírus das publicações oficiais e das poucas imprensas independentes do país.
O veto vale também para os diálogos informais, dando a autorização para a polícia levar preso aquele que pronunciar a palavra em locais públicos. A proibição inclui até conversas entre amigos.
É importante destacar que o Turcomenistão lista na última posição da liberdade de imprensa, no ranking elaborado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras; e em penúltima colocação, no ranking de liberdade global criado pela Freedom House.
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