Menino de 6 anos hospitalizado nos EUA após confundir doce de cannabis com Skittles
Compra equivocada leva criança a consumir dose adulta de THC, ressaltando a importância da informação sobre produtos contendo cannabis.
Um inocente passeio para almoçar em Charlotte, Carolina do Norte (EUA), acabou se transformando em um incidente preocupante para a família Buttereit.
Um menino de 6 anos foi hospitalizado após ingerir quase 13 vezes a dose adulta de doces infundidos com THC (Tetrahidrocanabinol), substância derivada da cannabis. O incidente ocorreu após a mãe, Catherine Buttereit, confundir o doce com uma edição especial de Skittles.
A importância da informação
Durante o almoço no bairro de South End, o filho de Catherine expressou o desejo de comprar um saco de doces encontrado em uma loja local. Sem perceber o conteúdo, ela concordou, acreditando que estava adquirindo uma versão especial do popular doce Skittles. A transação foi realizada sem que a vendedora solicitasse identificação ou informasse sobre o verdadeiro conteúdo do produto.
Imagem: iStock/reprodução
Logo após o consumo, o menino começou a apresentar sintomas desconfortáveis, incluindo dores na região pélvica, sensação de congelamento no peito, dores de estômago e de cabeça. Preocupada, Catherine ligou imediatamente para o 911, suspeitando inicialmente de envenenamento. Foi somente após um exame mais detalhado que a família descobriu que o doce continha Delta-9 THC, uma variante da cannabis.
Apesar do Delta-9 THC ser considerado uma substância “terapêutica” em alguns contextos, os efeitos do seu consumo excessivo em crianças permanecem desconhecidos. Após a hospitalização, o menino dormiu por 17 horas antes de receber alta. A maconha é ilegal na Carolina do Norte, mas lojas podem vender produtos Delta-9 THC com até 0,3% de conteúdo, sem restrições de idade.
A mãe, Catherine Buttereit, responsabiliza a loja pela falta de informação sobre os doces, destacando que a embalagem continha avisos em letras pequenas facilmente negligenciadas. Em seu alerta aos pais, ela enfatiza a presença inadvertida de produtos com THC em ambientes familiares e pede maior conscientização sobre esses itens, que agora estão disponíveis não apenas em lojas especializadas, mas também em locais frequentados por famílias.
Buttereit reconhece sua negligência como mãe, mas ressalta que a responsabilidade é compartilhada, considerando a disponibilidade inadequada desses produtos. O incidente destaca a importância de uma maior regulamentação e informação para proteger as crianças de exposições inadvertidas a substâncias psicoativas.
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