O arroz nosso de cada dia faz bem ou mal à saúde, afinal?

O arroz é um dos alimentos mais consumidos no mundo, especialmente no Brasil, onde está presente em praticamente todas as refeições, acompanhado do seu par quase inseparável, o feijão.

No entanto, o consumo diário desse grão tem gerado debates sobre seus impactos na saúde, mas, calma, o seu arroz com feijão não está proibido nem será demonizado.

Propriedades nutricionais do arroz

O arroz é uma excelente fonte de carboidratos, fundamentais para fornecer energia ao corpo. Cada tipo de arroz oferece um perfil nutricional único. O arroz branco, embora seja o mais consumido, passa por um processo de refinamento que remove o farelo e o germe, partes ricas em nutrientes.

Contudo, muitas vezes é enriquecido com vitaminas do complexo B (como folato, niacina e tiamina), ferro e selênio, essenciais para a saúde do sistema nervoso, produção de energia e fortalecimento do sistema imunológico.

Já o arroz integral mantém o farelo e o germe, o que resulta em maior teor de fibras, vitaminas e minerais adicionais.

As fibras ajudam na digestão e na manutenção dos níveis de açúcar no sangue, sendo uma escolha melhor para quem busca controle glicêmico e saciedade prolongada.

O arroz é uma excelente fonte de carboidratos e optar por suas versões integrais é mais saudável – Imagem: Reprodução

Benefícios do consumo diário de arroz

Fonte de energia

Os carboidratos do arroz são uma fonte rápida e eficiente de energia. Para atletas, trabalhadores braçais e até crianças em fase de crescimento, essa energia é essencial para o desempenho físico e mental.

Saúde digestiva

O arroz integral, devido ao seu alto teor de fibras, favorece a saúde intestinal, prevenindo a constipação e promovendo um trânsito intestinal saudável.

Versatilidade culinária

O arroz pode ser combinado com diversos alimentos, formando pratos balanceados e nutritivos. Por exemplo, a clássica combinação de arroz com feijão fornece todos os aminoácidos essenciais, formando uma proteína completa.

Acessibilidade e praticidade

O arroz é um alimento barato e fácil de preparar, sendo uma alternativa prática para a maioria das famílias.

Possíveis desvantagens do consumo diário de arroz

O arroz pode conter arsênio, um metal pesado que, em níveis elevados, é prejudicial à saúde. O consumo variado de tipos de arroz e a lavagem dos grãos antes do cozimento podem ajudar a reduzir esse risco.

O arroz branco ainda possui um índice glicêmico alto, o que pode levar a picos de glicose no sangue, sendo uma preocupação para diabéticos e pessoas com resistência à insulina.

Escolher o arroz integral pode mitigar esse efeito devido ao seu menor índice glicêmico e maior conteúdo de fibras.

Basear a dieta unicamente no arroz pode resultar em deficiência de outros nutrientes importantes, por isso é importante diversificar a dieta com outros grãos e vegetais para garantir uma nutrição equilibrada.

Recomendação dos especialistas

Segundo a nutricionista Carol Brito, do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera de Anápolis, o arroz é um alimento saudável e pode ser consumido diariamente, desde que a quantidade e o tipo sejam adequados ao objetivo individual, seja emagrecimento ou ganho de massa muscular.

A nutricionista destaca a importância de combinar o arroz com outros alimentos nutritivos para uma dieta balanceada.

O arroz, quando consumido com moderação e variedade, pode ser um componente saudável de uma dieta equilibrada. Segundo a nutricionista Roxana Ehsani:

“O arroz é um grão saudável e rico em nutrientes e uma excelente fonte de carboidratos, um dos três principais macronutrientes que precisamos consumir diariamente. Os carboidratos fornecem ao nosso corpo o combustível, também conhecido como energia, que precisamos todos os dias.”

Optar por versões integrais e combiná-lo com alimentos abundantes em outros nutrientes maximiza seus benefícios e minimiza os possíveis riscos.

Consultar um nutricionista pode ajudar a adaptar a dieta às necessidades específicas de cada pessoa, garantindo uma alimentação saudável e completa.

*Com informações de Colorado State University, Eating Well e Metrópoles.