Quando a pandemia do novo coronavírus vai acabar?
Estudo realizado pela Singapore University of Technology and Design utiliza como dados para a estimativa os boletins de 131 países, atualizados diariamente.
Acredito que você, assim como eu, já se pegou fazendo a seguinte questão: quando a pandemia do novo coronavírus vai acabar? Todos estamos com essa grande dúvida. Um estudo realizado em Singapura, a partir de modelos matemáticos complexos, objetiva respondê-la.
Embora o futuro seja incerto, as estimativas são mais positivas do que grande parte das previsões feitas por profissionais da saúde, e indica que o mundo irá superar a pandemia até meados de dezembro de 2020.
No caso do Brasil, o cenário é ainda mais otimista. Segundo os responsáveis pela pesquisa, os brasileiros irão vencer a Covid-19 entre 1 de junho e 23 de agosto de 2020.
Dados da estimativa
A estimativa é baseada nos boletins das autoridades da saúde de 131 países, com o processo evolutivo dos casos. Neles, estão inclusos o tempo de hospitalização dos pacientes, sendo atualizados todos os dias com novas informações, o que acarreta variação das datas previstas para o fim da pandemia.
Especificamente no caso brasileiro, os dados citados nesta matéria possuem como referência a situação do país em 27 de abril.
Analise a seguir o gráfico elaborado pela Singapore University of Technology and Design sobre a evolução da Covid-19 no Brasil:
Metodologia de estudo
O pesquisador Jianxi Luo, responsável pela investigação, em um trabalho cujo intuito envolve explicar seu método, alega que “a evolução da Covid-19 não é completamente aleatória”.
Sendo assim, estimar uma data para o término da pandemia é “importante mentalmente para cada pessoa e estruturalmente para guiar o planejamento dos países. Mas é naturalmente difícil, dada a incerteza inerente ao futuro”.
De acordo com o modelo, a China, país em que foram registrados os primeiros casos de contágio da doença em seres humanos, no final de 2019, deve superar o coronavírus ainda em abril de 2020.
Já, por outro lado, países em que a ausência do vírus provavelmente será mais demorada, por exemplo, Catar e Bahrein, devem ter que lidar com a pandemia até fevereiro de 2021, é o que traz o modelo.
Jianxi Luo também destaca que fatores climáticos e comportamentais, além de quarentenas e o rigoroso isolamento social, influenciam o comportamento e o tempo de duração da pandemia. O pesquisador afirma que os fatores são considerados no estudo.
O estudioso finalizou o trabalho sobre a metodologia alertando que a estimativa pode falhar e que o “otimismo em excesso pode ser perigoso”.
Também frisa no documento: “A realidade é que o futuro é sempre incerto. Ninguém previu o surto de Covid-19 em outubro ou novembro de 2019, embora Bill Gates tenha alertado sobre o dano potencial de uma doença infecciosa global ao mundo durante uma conversa TED em 2015”.
Novas ondas de contágio
A aparente positividade nas previsões do modelo matemático de Singapura podem estar associadas à imprevisibilidade de mais ondas de contágio nas regiões em que o estudo aponta para o enfraquecimento da pandemia, como a própria China.
Especialistas da área da saúde atuam com essa expectativa em suas projeções. O médico e vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, por exemplo, analisa que a imunização em grande escala da população mundial poderá levar até dois anos, considerando a perspectiva de que uma vacina seja descoberta nesse período.
*Com informações de Metrópoles
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