Remédio contra a gripe fácil de comprar no Brasil pode ser PROIBIDO nos EUA
FDA propõe retirar do mercado a fenilefrina, substância comum em descongestionantes nasais.
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, equivalente à nossa Anvisa, tem promovido um debate acalorado sobre a eficácia da fenilefrina. Essa substância, amplamente encontrada em medicamentos contra resfriados nos EUA e no Brasil, está sob escrutínio de diversos especialistas.
Durante uma reunião realizada em setembro deste ano, estudiosos concluíram que a fenilefrina, quando ingerida em comprimidos ou xaropes, não alivia de forma significativa a obstrução nasal. Tal conclusão levou à proposta de removê-la do mercado norte-americano devido à falta de eficácia desse componente.
No Brasil, a fenilefrina pode ser encontrada em produtos populares como Benegrip e Coristina D. A pneumologista Jessica Polese ressalta que, embora seja acessível, a substância não proporciona o efeito desejado, o que resulta em um ciclo contínuo de congestão nasal.
Remédio é utilizado para combater a obstrução nasal durante resfriados e outras condições similares (Imagem: Reprodução)
O que os especialistas dizem sobre a fenilefrina?
Jessica Polese recomenda alternativas mais eficazes, como o uso de soros e corticoides tópicos, que representam uma solução mais adequada para congestão nasal. A otorrinolaringologista Hana Higa também questiona a eficácia das doses atuais da fenilefrina, ao destacar a necessidade de quantidades maiores para obter efeitos significativos.
Higa ainda alerta para os perigos do uso indiscriminado de descongestionantes sem orientação médica. A automedicação consegue gerar inúmeros problemas de saúde a longo prazo, o que inclui a dependência. Por isso, é essencial buscar a orientação profissional antes de consumir tais medicamentos.
Implicações para o mercado brasileiro
Enquanto nos EUA discute-se a retirada da fenilefrina das farmácias, no Brasil ainda não há previsão oficial sobre mudanças similares. No entanto, a decisão norte-americana pode eventualmente influenciar o mercado brasileiro, o que levanta debates sobre a regulamentação de medicamentos.
Portanto, a situação nos Estados Unidos gera questões importantes sobre a eficácia e segurança dos descongestionantes nasais.
Com a possibilidade de restrições futuras, consumidores e profissionais de saúde no Brasil devem permanecer atentos às atualizações e buscar alternativas mais eficazes para o tratamento da congestão nasal.
* Com informações do portal Tribuna Online.
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