Renascimento Científico
O Renascimento Científico representou o desenvolvimento das teorias e métodos científicos durante a Idade Moderna.
O Renascimento Científico deve ser compreendido dentro do contexto do Renascimento Cultural, um movimento iniciado na Itália, no século XIV, que se estendeu por todo o continente europeu até o século XVI.
Esse foi um período marcado pelo avanço de teorias e métodos adotados nas seguintes áreas científicas: matemática, astronomia, física, medicina, química, entre outros.
Assim, ele simbolizou uma mudança na mentalidade das pessoas e da forma como elas compreendiam o mundo.
De modo geral, o Renascimento Científico representou uma revolução científica baseada no racionalismo, responsável por originar a ciência moderna.
Renascimento Científico – Resumo
Os séculos XVI e XVII, presenciaram uma série de descobertas, reflexões filosóficas e experiências científicas que mudaram radicalmente a forma como as pessoas viam o conhecimento e a natureza.
Esse processo chamado de Renascimento Científico destruiu a visão medieval de compreensão do mundo e inaugurou uma nova fase da história, dominada pela ciência e a razão.
A Idade Média se caracterizou pela predominância da Igreja Católica, a principal instituição do período. Responsável por produzir e disseminar os conhecimentos, a igreja determinava os conhecimentos que deveriam ser mediados à população.
Com isso, ela privilegiava a fé cristã e a religião em detrimento da ciência e da filosofia. Assim, para o homem medieval, a Terra era o centro do universo. Tal concepção recebeu o nome de geocentrismo.
Essa crença permaneceu inquestionável por cerca de dois mil anos, até que em 1543 o matemático e astrônomo polonês, Nicolau Copérnico (1473–1543), lançou o livro Sobre a revolução dos orbes celestes.
Nessa obra, Copérnico se apoiou em cálculos matemáticos e observações astronômicas até concluir que o Sol era o centro do universo. Essa teoria recebeu o nome de heliocentrismo.
Ele afirmou que a Terra era apenas mais um astro entre tantos outros que giravam em torno do Sol.
No século XVII, Galileu Galilei (1564–1642), conhecido como o pai da física moderna, aprimorou o telescópio, equipamento que contribuiu para reafirmar a teoria de Copérnico.
Na mesma época, Johannes Kepler (1571–1630) descobriu que os planetas não se movimentavam em torno do Sol em órbitas circulares, e, sim, elípticas. Além disso, ele descobriu que a velocidade dos planetas era proporcional à distância do Sol.
Para Nicolau Copérnico, o cosmo era visto como algo fechado. No entanto, Giordano Bruno (1548–1600) afirmou que o universo não possuía um centro, sendo infinito. Ele foi perseguido ela Inquisição e queimado na fogueira em 1600.
Para Galileu e Kepler, o universo era regido pelas forças da natureza e não pela vontade de um Deus criador.
Desse modo, a ciência passou a ser vista como a responsável pela investigação racional das leis da natureza, ganhando autonomia e espaço.
Ao racionalizar a visão do mundo, desconsiderando os dogmas cristãos, muitos cientistas e intelectuais foram perseguidos pela Igreja Católica.
Assim, para os renascentistas somente a razão humana poderia explicar a realidade, utilizando o racionalismo e o experimentalismo como as bases do conhecimento científico.
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