Rouxinol – Curiosidades sobre o pássaro cujo canto inspira poemas e canções
Ave é muito conhecido na cultura popular por ter um canto muito marcante.
O rouxinol é um pássaro muito conhecido por sua música. Originalmente é qualquer pássaro pertencente à família Turdidae (ordem Passeriformes) da Europa, África e Ásia.
Apesar de ser amplamente conhecido no Brasil, não existe o verdadeiro exemplar na fauna brasileira. Por aqui, rouxinol é o nome dado para aves nativas como o corrupião (Icterus jamacaii croconotus) e encontro (Icterus cayanensis); no Maranhão, à cambaxirra (Troglodytes aedon) e na Bahia, ao garrinchão-de-bico-grande (Thryothorus longirostris).
A espécie costuma se alimentar de insetos, ou seja, é insetívora. A procriação ocorre em florestas e moitas na Europa e no sudoeste da Ásia. Além disso, inverna no sul da África. A nidificação, que é o processo de construção de ninho, ocorre no chão, dentro ou perto de arbustos densos.
Características do rouxinol
O rouxinol é um pássaro pequeno, com cerca de 16 centímetros de comprimento. Suas penas são marrons na parte superior e avermelhadas com creme na cauda. Apesar de ambos os sexos serem parecidos, as fêmeas apresentam as caudas com cores mais suaves. Os jovens são mais claros na parte superior e a cor branca ou cinza predomina na parte inferior.
Seus olhos são pretos com um círculo branco fino e suas patas são longas e robustas. Já o bico é pequeno, fino e castanho escuro, com a parte inferior mais clara. O peso do rouxinol pode ser entre 18 e 27 gramas.
Curiosidades sobre o canto do rouxinol
Apesar do tamanho pequeno do pássaro, seu canto é potente, com tons alegres e vivazes. As melodias podem ser ouvidas de dia e de noite, tendo os machos como responsáveis. Durante o acasalamento, apresentam um canto mais forte, com predominância no amanhecer, para defender território, e entardecer, para atrair fêmeas.
Após o período de acasalamento, o rouxinol emite sons mais suaves, porém mais constantes. Em zonas urbanas, o pássaro canta mais alto, devido aos ruídos do ambiente.
Curiosamente, as melodias são passadas por gerações. Cada pai ensina aos seus filhotes os cantos que lhes foram ensinados quando estavam aprendendo a cantar. Portanto, as formas de cantar são consideradas patrimônio familiar.
Simbolismo do rouxinol
O rouxinol possui muito simbolismo em poemas e contos, como na Odisseia, de Homero, sugerindo o mito de Filomela e Progne, em que uma das duas, independente da versão, se transforma em rouxinol. Por essa razão, o canto foi associado a um lamento.
Em outros casos, poetas foram associados ao rouxinol pelo canto criativo e aparentemente espontâneo. No soneto Sonnet 102, Shakespeare relaciona sua poesia de amor com o canto do pássaro, simbolizado pela Filomela.
Nosso amor era novo, e, em seguida, na Primavera,
Quando eu estava acostumado a saudá-la com a minha disposição;
Como Filomela canta no acaso do Verão,
E pára de assobiar no crescimento de dias mais maduros:
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