Surto de doença misteriosa com 53 vítimas fatais em 48h preocupa autoridades
Doença enigmática descoberta no Congo já ocasionou 53 mortes e mais de 400 pessoas estão infectadas.
Na República Democrática do Congo, um surto de uma doença ainda não identificada tem alarmado as autoridades e a população local. A enfermidade, de rápida progressão, já causou 53 mortes e infectou mais de 400 pessoas.
A doença, cujos sintomas se agravam em 48 horas, tem levado muitas pessoas a óbito em um curto período. Contudo, a falta de informações precisas sobre sua origem e transmissão tem dificultado o controle do surto.
Profissionais de saúde estão em alerta máximo, e outros países também acompanham a situação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está envolvida nas investigações.
O escritório da OMS na África informou que o surto começou na cidade de Boloko, após três crianças consumirem um morcego. Elas faleceram rapidamente, apresentando febre hemorrágica.
As autoridades estão analisando se há uma ligação entre o consumo de carne de animais selvagens e a disseminação da doença.
Detalhes da doença e da investigação em curso
A busca pela identificação do agente causador da doença continua. Amostras de sangue de 13 pacientes foram enviadas ao Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica em Kinshasa para análises detalhadas, e os testes para Ebola e outras doenças hemorrágicas conhecidas foram negativos.
Nesse meio tempo, equipes médicas trabalham para entender o mecanismo de transmissão da doença.
Apesar dos resultados negativos para outras febres hemorrágicas, o potencial de transmissão zoonótica continua sendo uma linha de investigação prioritária. A OMS está monitorando a situação de perto.
Preocupação com zoonoses
O aumento de surtos de doenças transmitidas de animais para humanos na África preocupa especialistas. Segundo a OMS, esses incidentes cresceram mais de 60% na última década.
O consumo de carne de animais selvagens é uma prática comum em algumas regiões, o que pode estar contribuindo para o surgimento de novas doenças.
Enquanto as investigações prosseguem, recomenda-se cautela à população em relação ao consumo de animais selvagens. O desafio para as autoridades é imenso, pois a urgência em identificar o patógeno é vital para conter o surto e evitar mais vítimas.
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