Talibã proíbe o ensino secundário para meninas

Países se opõem à decisão do Talibã de proibir o ensino secundário para meninas no Afeganistão.

O Talibã está no poder do Afeganistão desde 2021, e recentemente o grupo anunciou que meninas não poderão mais frequentar escolas de ensino médio e faculdades. Em Cabul, aconteceu uma manifestação em frente aos escritórios do Ministério da Educação. A retirada de direitos básicos das mulheres assusta a população, que teme pelo crescimento econômico do país e pelas relações internacionais.

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Segundo Lana Nusseibeh, embaixadora dos Emirados Árabes no Conselho da ONU, a decisão do Talibã regrediu todo o avanço que eles tinham feito nas últimas semanas e meses, e ainda acrescentou: “A educação é um direito universal para todas as crianças, e isso inclui as meninas no Afeganistão”.

França, Itália, Noruega, Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, e o Alto Representante da União Europeia pediram ao Talibã que a decisão seja revertida urgentemente, alegando que ela teria “consequências muito além de seu preconceito em relação às meninas afegãs”.

A proibição também foi denunciada pela Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e pela Diretora-Geral da UNESCO, Audrey Azoulay.

Desde que assumiu o poder, o Talibã tem imposto restrições severas aos direitos das mulheres, e mesmo assim estava tendo suporte econômico de outros países, enquanto passava por uma crise humanitária. Mas retirar o direito básico de estudo está causando indignação mundial.

Pelo que se sabe, a decisão foi tomada durante uma reunião com altos funcionários em Kandahar, que é o centro do poder fundamentalista do país. Com a decisão, as meninas afegãs só poderão frequentar escolas primárias.

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