Tomar muito energético pode desencadear pensamentos suicidas, diz estudo

Esse estudo já é uma análise de outras pesquisas que investigaram o tema ao longo dos últimos anos.

Recentemente um grupo de pesquisadores realizou uma descoberta alarmante que indica uma possível conexão entre o consumo de bebidas estimulantes com alto teor de açúcar ou cafeína e um aumento no risco de problemas de saúde mental, especialmente em crianças e adolescentes.

O estudo que contém a descoberta, divulgado no Public Health Journal, investigou os efeitos das bebidas energéticas na saúde física e mental infantil.

A Dra. Shelina Visram, pesquisadora da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, expressou suas preocupações sobre o assunto, ressaltando que as bebidas energéticas podem contribuir para o surgimento de problemas de saúde mental, destacando a importância de abordar essas questões de saúde pública.

A pesquisa analisou informações provenientes de 51 estudos realizados ao longo dos últimos anos, envolvendo uma amostra de 1,2 milhão de crianças de diferentes partes do mundo.

Além dos riscos para a saúde mental

Além dos potenciais impactos na saúde mental, os pesquisadores também identificaram que crianças que consomem bebidas cafeinadas e açucaradas artificialmente têm maior propensão a se envolver em comportamentos de risco, como o consumo ilegal de substâncias e a participação em atos violentos.

As bebidas energéticas, além disso, foram associadas a um maior risco de desempenho acadêmico insatisfatório, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e hábitos alimentares pouco saudáveis.

William Roberts, representante da Royal Society for Public Health do Reino Unido, ressaltou que os riscos relacionados ao consumo de energéticos por jovens constituem um problema de longo prazo.

Ele destacou a importância da revisão, que contribui para a crescente evidência de que essas bebidas podem prejudicar a saúde física e mental de crianças e jovens, tanto a curto quanto a longo prazo.

Por fim, citando o seu país de origem, Roberts enfatizou a necessidade de o governo do Reino Unido intensificar e cumprir seu compromisso de 2019 de proibir a venda de bebidas energéticas para menores de 16 anos.

De qualquer forma, os cientistas consideram que esse tema precisa ser mais aprofundado com novos estudos direcionados e análises ambientais para determinar como os energéticos afetam a saúde mental mais diretamente.

* Com informações de The News

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