Um estudo japonês relaciona interesse sexual a risco de morte

Um estudo publicado em 14 de dezembro do ano passado, no PLOS One, revelou que existe uma relação entre o risco de morte precoce e o interesse sexual de homens que moram no Japão. Segundo a pesquisa, quando esse interesse é menor, pode ser um alerta de risco.

Entretanto, a relação exata entre a libido e a mortalidade deverá ser estudada mais a fundo, de forma individual. Contudo, pesquisadores especulam que um menor interesse sexual pode ser um sinal mais perceptível de outros problemas de saúde ocorrendo ainda sem atrair atenção.

O estudo utilizou dados de 20.969 voluntários, sendo 12.411 mulheres e 8.558 homens, nas idades de 40 ou mais. Essas pessoas realizavam exames anuais em Yamagata, uma região montanhosa no Japão, muito popular pelas águas quentes, pelos templos e pela beleza natural.

Para isso, esses voluntários foram analisados durante seis anos pelo time de pesquisadores da Universidade de Yamagata. Eles utilizaram os níveis de interesse sexual dos participantes, que responderam a um questionário inicial. Do primeiro questionário até o fim do estudo, de todos os 20.969 participantes, 503 haviam falecido.

Isso permitiu que os pesquisadores percebessem que a mortalidade por câncer ou outros fatores foi significantemente maior para os homens que responderam não terem interesse sexual no primeiro questionário. O cálculo se manteve mesmo quando relacionados a outros fatores, como idade, hipertensão, fumantes, consumidores de álcool, índice de gordura corporal, estado civil, diabetes, educação, frequência de riso e doenças psicológicas.

O estudo observou também que as mulheres tinham mais chances de ter menos interesse sexual, sendo que 16% das participantes assinalaram não possuir desejo, em comparação com 8% dos homens. Entretanto, em relação às mulheres, não houve uma relação significativa entre a mortalidade e a falta de libido, como pôde ser verificado entre os homens.

Por fim, cabe ressaltar que, por ser um estudo meramente de observação, não é possível definir uma relação mais profunda entre os fatores, como qual é a causa e qual é o resultado, por exemplo.