Adoçante da Coca-Cola Zero pode ser listado como cancerígeno em julho pela OMS; entenda
A Organização Mundial da Saúde está organizando um estudo para classificar o adoçante aspartame como cancerígeno. Decisão afetará a produção de refrigerantes no mundo.
Uma análise sobre o aspartame, adoçante artificial presente em muitos produtos, está causando preocupação nas pessoas e em grandes empresas, como a Coca-Cola.
O adoçante artificial está sob avaliação da OMS (Organização Mundial da Saúde) e poderá ser classificado como “possivelmente cancerígeno para humanos”, de acordo com a Agência Reuters.
A notícia trouxe um alerta preocupante, já que o aspartame é usado na composição da Coca-Cola Zero, goma de mascar e outros produtos dietéticos amplamente comercializados no mundo.
A pesquisa do adoçante artificial está sendo realizada pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc). Segundo as fontes, o estudo foi finalizado em junho e o resultado será divulgado em julho de 2023.
O fato explica a apreensão das empresas e dos consumidores, que sempre defenderam o uso do adoçante em produtos de baixo teor calórico.
O que dizem os especialistas sobre o adoçante da Coca-Cola Zero?
A pesquisa da OMS está sendo realizada para determinar quais são os perigos de consumir produtos com adoçante artificial.
Em maio de 2023, a instituição já havia alertado que alguns adoçantes artificiais, incluindo o aspartame, podem ter “efeitos indesejáveis potenciais”.
A sugestão foi baseada no consumo de longo prazo com registros de mortalidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Apesar da relevância do estudo, outros especialistas afirmam que o aspartame é um dos ingredientes mais pesquisados da história.
Inclusive, a Coca-Cola adicionou ao seu site a informação de que o adoçante artificial já teve mais de 200 estudos científicos que comprovaram sua segurança.
Mesmo assim, a divulgação da OMS pode gerar inúmeros conflitos entre empresas e consumidores. Em casos semelhantes no passado, muitas pessoas ficaram preocupadas e interromperam o consumo dos produtos; em outros casos, fabricantes foram acusados judicialmente ou tiveram que alterar suas composições para continuar atuando no mercado.
Prejuízos da Coca-Cola com a classificação da OMS
Segundo os especialistas, os danos da classificação não vão afetar consideravelmente as empresas multinacionais, como a Coca-Cola.
Para Charlie Higgs, sócio da Redburn, do ramo de pesquisa de produtos, a Coca-Cola é uma fabricante que conta com inúmeros sistemas de produção. Além disso, ela já superou diferentes obstáculos e determinações da mesma natureza.
Outro ponto importante é que apenas um terço das vendas totais da Coca-Cola são de produtos que têm aspartame na composição.
Portanto, a companhia de bebidas terá estrutura para alterar as bebidas de baixo teor calórico sem muitos prejuízos, caso a OMS divulgue os dados sobre o potencial cancerígeno em julho.
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